
O Parque Urbano da Cidade de Ovar recebe esta sexta-feira e sábado o festival FESTA – Sons da Lusofonia, que, tendo entrada livre, vai receber artistas como A Garota Não, Sétima Legião, Fogo Fogo, Cara de Espelho e Cacique’97.
Crua, Asa Cobra, Juliana Linhares e Mário Lúcio são os outros artistas em cartaz no evento que, organizado pelo referido município do distrito de Aveiro, este ano também integra atividades para crianças no “Lugar das Infâncias” – entre elas oficinas musicais, jogos tradicionais e narração de histórias – e o ciclo de conversas “Dar à Língua”, que aproxima artistas e público em encontros sobre criação, música, memória, pensamento, identidade, liberdade e futuro.
Sempre com entrada livre, a edição de 2025 prevê ainda o lançamento do livro “Da revolução ao ritmo – 50 anos do 25 de abril em sons lusófonos”, uma publicação da autarquia que, além de recordar anteriores edições do FESTA, inclui uma série de reflexões sobre a Lusofonia em entrevistas conduzidas pelo crítico musical Rui Miguel Abreu.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, adianta que o livro “procura ser um contributo para a valorização da música cantada em Português e da palavra como motor de união e celebração”.
Quanto à generalidade do programa, o autarca declarou à Lusa que o cartaz foi pensado para “promover uma efetiva participação de todos os públicos e estimular uma cultura de proximidade, de diálogo, de tolerância e encontro”.
Realça, aliás, que o programa infantil, o ciclo de conversas e o lançamento do livro se combinam para “tornar a experiência de cada visitante ainda mais distintiva e marcante, demarcando o FESTA como um evento para todos, não por ser generalista, mas por ter como ponto de partida as diferenças de cada um e ver na pluralidade a sua maior força”.
O autarca social-democrata defende, por isso, que “o FESTA é identidade, pertença e abertura ao mundo”, apresentando-se como um projeto que, desde a sua origem, se vem intensificando a cada edição “como espaço de cruzamento entre culturas, gerações e expressões artísticas”.
Cenário habitual de mantas na relva e piqueniques, o festival abrange, além das atividades paralelas já referidas, um total de três palcos e 10 concertos.
Para sexta-feira está anunciado o espetáculo de A Garota Não, que logo às 19h00 apresentará os novos temas do álbum “Ferry Gold”, e às 22:00 segue-se a banda Cara de Espelho, com a noite a encerrar com o coletivo Cacique’97, de afrobeat luso-moçambicano.
Quanto a sábado, a organização indica que o cartaz começa assim: Crua às 16h00, com seis vozes, batuques e outras percussões; Juliana Linhares às 17:00, com o espírito nordestino e rock que a afirmou como “uma das vozes mais vibrantes do Brasil na atualidade”; Asa Cobra às 18h00, combinando lusofonia urbana e dança tribal; e Fogo Fogo às 19:00, com “funaná moderno, acelerado e vibrante”.
Às 21:00 seguem-se os Sétima Legião, com “os hinos que marcaram gerações” e fizeram dessa uma “banda histórica portuguesa”, e às 23:00 atua Mário Lúcio, “figura central da música cabo-verdiana”, que interpretará com The Pan African Band temas do álbum “Independance” e assim assinalará os 50 anos da autonomia do seu país.
Para remate definitivo, o FESTA propõe ainda diferentes sessões com a DJ Carla Castelhano, conhecida por fundir “Nu-Jazz, World Music e Eletrónica de Dança Independente”, e uma performance dos Fogo Fogo no registo “Radio Mosquito”, que harmoniza um DJ ‘set’ com a sua prestação ao vivo.
Comentários