Na apresentação da nova programação, o diretor artístico, José Luís Ferreira, revelou alguns dos espetáculos previstos para os próximos meses, sobretudo de música e teatro.
A temporada 2013/2014 do São Luiz termina em julho e, com ela, o ciclo de três anos de direção artística de José Luís Ferreira, um ciclo descrito pelo próprio como "exaltante, mas muito difícil", por razões orçamentais.
À agência Lusa, José Luís Ferreira afirmou que ainda não conhece os termos do concurso público que deverá ser aberto, nos próximos meses, para o cargo de diretor artístico, mas "provavelmente" não se irá recandidatar.
Quanto à temporada, os quarenta anos da Revolução de Abril de 1974 serão assinalados entre março e maio, naquele teatro municipal, com a adaptação para palco do romance "A instalação do medo", de Rui Zink, por Jorge Listopad, e com "Íon", adaptado de Eurípedes, por Luís Miguel Cintra, uma tragédia sobre a atualidade, referiu o encenador.
Está ainda previsto um debate sobre o futuro de Portugal, entre os dias 25 e 27 de abril, e o recital "Portugal do passado e do presente", com o violinista Bruno Monteiro e o pianista João Paulo Santos.
Entre 10 e 12 de abril, Sérgio Godinho ocupará a sala principal com um espetáculo em torno da palavra "liberdade", com repertório antigo e inéditos, e convidará novos artistas portugueses a revisitarem o mesmo tema.
Da restante programação, no teatro, destacam-se as estreias, em março, de "Ode marítima", sobre texto de Fernando Pessoa, com encenação de Natália Luiz, música de João Gil e interpretação de Diogo Infante. Ainda em março, o teatro volta a ter um texto de Shakespeare, "Hamlet", com direção de Jorge Andrade. Em junho, Tiago Rodrigues adapta e encena "Bovary", a partir do romance de Gustave Flaubert. Ao São Luiz regressarão ainda a Festa do Jazz e as parcerias com o Alkantara Festival.
Na música, estão previstas atuações do novo trio de Mário Laginha, os 50 anos de carreira de Carlos Mendes e o Festival das Orquestras Municipais Geração.
Neste ciclo de três anos no São Luiz, o diretor artístico revelou que foram feitos 71 programas em co-produção, com cerca de mil sessões e a expetativa total - até julho - de 150.000 espetadores.
@Lusa
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