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Política, sexo e religião: O Evangelho segundo Paul Verhoeven

L.S.
20 abr 2016 16:21
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  • Lembra-se de "Soldados do Universo"? Hollywood vai fazer nova versão da história
    L.S. · Atualidade · 17 mar 2025 17:53

    Lembra-se de "Soldados do Universo"? Hollywood vai fazer nova versão da história

  • "Basicamente vossa": Sharon Stone recria cena icónica de "Instinto Fatal" em lingerie vermelha
    L.S. · Atualidade · 12 jul 2024 16:08

    "Basicamente vossa": Sharon Stone recria cena icónica de "Instinto Fatal" em lingerie vermelha

Este artigo tem mais de 9 anos
O realizador de filmes como "Instinto Fatal" e "RoboCop" é o Herói Independente do Festival de Cinema IndieLisboa em 2016. O SAPO MAG foi remexer no fundo do baú para propor um ensaio sobre as temáticas do autor.
  • Paul Verhoeven é o Herói Independente do Festival de Cinema IndieLisboa em 2016. O SAPO MAG foi remexer no fundo do baú para propor um ensaio sobre as temáticas do autor.
  • Paul Verhoeven estabelece-se em Hollywood com fantasias que gravitam numa galáxia diferente do império infanto-juvenil dos jedis e ETs de Lucas e Spielberg. “Robocop”, “Desafio Total” e, mais tarde, “Soldados do Universo”, trazem o universo da política para um patamar de realismo pouco habitual no 'mainstream', cuja violência visceral surge como consequência lógica dos jogos de bastidores do poder. “Robocop” e “Desafio Total” trazem a falência moral e institucional generalizada num mundo dominado pelas empresas, enquanto o foco de “Soldados do Universo” é o próprio discurso ultrarreacionário.
  • “Que dirá ela, a terrível consciência, esse espectro no meu caminho?”, perguntava angustiado Edgar Allan Poe. Para Verhoeven, esse corolário da culpa judaico-cristã já não diz nada: em “Amor e Sangue” “não existe pecado se não pode ser visto”, enquanto Catherine Tramell passa no detetor de mentiras em “Instinto Fatal” ao mesmo tempo que estabelece enunciados como “é bom escrever livros porque isso ensina a mentir, só é preciso a suspensão da descrença”. Em “Homem Transparente”, é cruzada a fronteira simbólica da culpa e o protagonista desaparece fisicamente. Enquanto a Hollywood mundana vende códigos morais, Verhoeven mostra que eles só valem para alguns.
  • A libertação do “pecado” e da culpa está relacionado, obviamente, com a sexualidade. Nos muito liberais anos 1970, Verhoeven teve vasta companhia, particularmente na Europa, para peripécias de fundo erótico. Ainda assim, a nudez tanto feminina quanto masculina aparece com uma frontalidade desconcertante nos seus primeiros filmes (“Delícias Turcas”, “Kettje Tippel”, “Viver sem Amanhã”) até ser devidamente embrulhada num cocktail explosivo chamado “Instinto Fatal”. “Showgirls” podia ter sido o 'magnus opus' da abordagem, mas aí houve outros problemas…
  • Em “Delícias Turcas” Rutger Hauer insistia em esculpir uma recriação da 'via crucis' com 'defeitos' nos corpos originados por vermes e insetos. A sua justificação: “Está escrito na Bíblia que ele ficou enterrado por quatro dias!”. Foi no mesmo filme que enfureceu uns tantos ao dizer que “fazia sexo melhor do que Deus”, ao passo que em “O Quarto Homem” o objeto de desejo homossexual de um escritor tomava o lugar de Cristo na cruz. Já em “Amor e Sangue” é o imaginário cristão medieval que é submetido a ferro e fogo enquanto surge o homem laico da Renascença…
  • O último trabalho de Paul Verhoeven é o mais atípico, surgido de um projeto de 'crowdfunding' coletivo onda a sua história tem menos de uma hora. Singular dentro da filmografia do realizador – surge com um mordaz comentário sobra a família como núcleo organizador da sociedade, não esquecendo os seus habituais empresários corruptos.
  • O retorno do realizador ao seu país surge marcado por uma temática local já abordada em “O Soldado da Rainha” (1977) – as suas memórias da 2ª Guerra Mundial. O fundo moral é dúbio, com a sua heroína (Carice van Houten) tendo práticas que podem assentar tanto no ferrenho ativismo da Resistência quanto das prostitutas de seus primeiros filmes ou de “Showgirls” (1995). A abordagem sem meios-termos do colaboracionismo holandês encontrou reconhecimento popular, tornando-se num grande sucesso no seu país.
  • A história que talvez Verhoeven tenha nascido para contar (um homem liberto da consciência não apenas numa dimensão simbólica, mas física) não se tornou no seu melhor filme. Ainda assim, “O Homem Transparente” não deixa de trazer o seu toque personalizado à história de H.G. Wells, e aproveitar os 100 anos que separam as duas obras para levar o seu protagonista à vilânia sem maiores dilemas morais. Maior contraste ainda se dá com a versão dos anos 1930 do realizador James Whale, onde a mentalidade da época exigia que fosse uma substância química a transformá-lo em vilão…
  • Mais do que um comentário sobre a violência em si, de resto servida em doses generosas, “Soldados do Universo” assenta sobre a própria retórica da direita ultranacionalista – e, como se pode ver na campanha das eleições norte-americanas, mais atual do que nunca. A história trata de um grupo de jovens belicistas seduzidos por uma campanha de alistamento para defender a Terra dos 'alienígenas' (os estrangeiros, certamente). Aqui o discurso e a prática do militarismo primário encontram o contraponto na violência abissal dos gigantes e asquerosos insetos.
  • A lógica de criticar a violência servindo violência poderia justificar uma crítica à máquina de triturar mulheres da indústria do entretenimento com corpos nus em abundância. Para enquadrar esse "All About Eve”/Eva" (1950) perverso, há um mergulho no 'kitsch' generalizado inspirado por essa Gomorra do mau gosto chamada Las Vegas. Mas há problemas no 'paraíso' (ou inferno, conforme o freguês): se a inépcia da sua protagonista foi propositada, como andam a dizer os seus novos defensores (o filme foi globalmente execrado no seu lançamento e agora atinge o estatuto de 'trash cult'), Elizabeth Berkley continua a exigir bastante boa vontade do espectador.
  • “Instinto Fatal” traz um dos seus discursos subliminares mais imaginativos na história de uma escritora, psicóloga e 'serial killer' em potencial (Sharon Stone) que é investigada por um detetive (Michael Douglas) tampouco moralmente recomendável. As dramáticas implicações da culpa e da inocência, cercados por um sugestivo jogo de pulsões de paixão e destruição, estão associados a uma vertiginoso enredo cheio de twists e uma sensualíssima 'femme fatale' que, felizmente, fez muito mais do que descruzar as pernas…
  • Um Verhoven já confortavelmente instalado no comando das grandes enterprises 'hollywoodianas' (foi o filme mais caro da época), ele aqui traz os seus temas de forma ligeiramente menos óbvios que em "RoboCop" (1987) – em parte por causa dos compromissos com o cinema de ação. No entanto, por trás dos tiros e da cara-de-estátua de Arnold Schwarzenegger estão lá as suas questões, onde a fundação da identidade surge a partir da discussão sobre a memória proposta por Philip Dick (no qual o filme se inspirou livremente) para além do seus protagonistas moverem-se num universo onde a autoridade está completamente falida.
  • Abriu a Paul Verhoeven as portas para as grandes audiências num espetáculo de gore e violência onde a cereja no topo do bolo ficava por conta de um desencanto cínico em termos de política que o colocava muitos patamares acima da concorrência. Aqui o seu super-herói era um produto de laboratório, criado por uma polícia privatizada e corrupta. Já os seus vilões eram formidavelmente amorais e, neste mundo governado pela ganância liberal capitalista, a ilusão do Pai Protetor do Estado e fiador da lei e da ordem social, estava realisticamente ausente.
  • Se a Idade Média foi a era de ouro da Cristandade unificada, aqui assemelha-se mais com o inferno – onde cortejos de flagelantes, matanças generalizadas, epidemias endémicas e misticismo enlouquecido só tem o contraponto no cientista vivido por Tom Burlinson – o único sinal de melhores tempos. Novamente a culpa e o pecado pertencem aos pobres, apavorados por visões do castigo divino e guiados por padres inescrupulosos. Já aos ricos restam as guerras e, no enredo, enfrentam a 'escória da Europa', um grupo de mercenários liderados por Rutger Hauer que rapta uma princesa prometida (Jennifer Jason Leigh).
  • Diversos elementos aproveitados em 'Instinto Fatal' estão aqui: há um escritor bissexual, uma ardilosa 'femme fatale', a fantasia a misturar-se com a realidade, o sexo como pulsão. Os signos religiosos é que são mais explícitos: enquanto o escritor declara-se católico e diz que é preciso uma grande dose de imaginação para o ser, as fronteiras entre o real e o imaginário são visualmente transpostas – levando o filme às margens do cinema de terror. Com algumas cenas grotescas e o gore ocasional, sobra uma última conclusão nas pegadas do protagonista – onde a crença religiosa é comparada a um delírio pós-traumático...
  • A respeitabilidade internacional adquirida com “Soldado da Rainha” (1977), o seu filme anterior a este, não parece ter despertado maiores problemas ao realizador na hora de voltar às suas picardias habituais. Aqui é a espontaneidade rude da classe baixa junto com à visceralidade própria da adolescência que se misturam para uma agressiva história de 'motards'. Com a frontalidade do costume, a história redunda em piadas homofóbicas, sexistas, politicamente incorretas e, por isso mesmo, acidamente divertidas.
  • Um dos seus trabalhos mais sérios e por isso um dos que menos problemas encontrou junto do público 'respeitável'. O filme mergulha nas próprias memórias do realizador sobre a 2ª Guerra Mundial, relatando os destinos de seis amigos durante a ocupação nazi da Alemanha. Enquanto alguns alistam-se na Resistência, outros permitem-lhe abordar o espinhoso tema do colaboracionismo holandês. Foi, tal como 'Delícias Turcas' (1973), mais um filme a dar nas vistas no circuito internacional – embora levado mais a sério.
  • Monique van de Ven, a estrela de “Delícias Turcas” (1973), retorna para protagonizar este mergulho, desta vez, nas sombras da era vitoriana. Ela é a personagem-título, uma prostituta num filme de época que mostra muito mais do que nobres aristocratas em sofisticados rituais sociais.
  • Depois do primeiro êxito o muito mais confiante Verhoeven embarcou numa das melhores propostas dos anos 1970 – com o sexo tornando-se num elemento de luxúria naturalista e despreocupada. Apesar de tudo, não deixa de haver romance (causticamente sabotado, diga-se) na história de um casal (Rutger Hauer e Monique Van de Ven) apaixonado – até que o amor romântico revela os seus limites. O sucesso do filme foi enorme, projetando o nome do realizador internacionalmente.
  • Depois de realizar uma série de sucesso na televisão, Paul Verhoeven fez a estreia no cinema com uma comédia erótica sobre duas prostitutas do Bairro Vermelho de Amesterdão. Com um retrato satírico da própria sociedade holandesa, acabou ser um enorme sucesso local e o primeiro filme a demonstrar, que, tratando-se do realizador, provocação e sucesso andariam sempre juntos. Ou, quase sempre… Marcou também a estreia de dois dos seus maiores colaboradores – Gerard Soeterman (argumentista) e Jan de Bont (diretor de fotografia, mais tarde o realizador de "Speed - Perigo a Alta Velocidade").
 
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