Cinemas fechados ou quase vazios, estreias de filme adiadas: a pandemia de 2020 conseguiu o que nem aconteceu durante as duas Guerras Mundiais.

Além de adiarem os seus grandes filmes, Hollywood também experimentou o lançamento direto em streaming para produções de menor orçamento.

No caso do estúdio Warner Bros, a decisão foi mais radical e controversa: todos os filmes de 2021 serão lançados nos EUA no mesmo dia tanto nos cinemas como em streaming através da HBO Box.

Após dois dos seus filmes terem sido afetados pela pandemia ("Missão Greyhound" foi vendido à Apple TV e "Notícias do Mundo" será lançado internacional pela Netflix), Tom Hanks tem algumas ideias sobre o futuro das salas de cinema.

"Os cinemas ainda existirão? Com certeza que sim. De certa forma, quando estiverem a funcionar, terão uma escolha mais livre sobre os filmes que desejam exibir. E não sou nenhum profeta em relação a isto, mas vou dizer que os grandes eventos cinematográficos vão aguentar os cinemas. Depois disto [a pandemia], para garantir que as pessoas regressam, teremos o Universo Marvel e todo o tipo de sagas. E alguns desses filmes são bons. Você quer vê-los em grande porque, na verdade, em casa no seu sofá pode realmente diminuí-los de certa forma no seu impacto visual", explicou o vencedor de dois Óscares ao meio especializado Collider.

Com mais de 40 anos de carreira, Tom Hanks também acredita que a pandemia apenas veio acelerar uma tendência que já vinha de trás, que é cada vez mais assistir em casa a filmes que não precisam tanto do impacto do grande ecrã.

"A mudança provocada pelo COVID-19 tem sido um comboio lentamente a chegar. Penso que haverá muitos filmes que apenas serão vistos em streaming e será OK vê-los dessa forma porque eles são realmente construídos e feitos para as televisões muito boas de alguém nas suas casas. Sem dúvida que estamos na grande curva da mudança, que está a ocorrer desde que apareceram as cassetes VHS. Isto tem estado do outro lado do horizonte", concluiu.