Passados 13 anos, muitos fãs de Christopher Nolan continuam a debater o significado do controverso e ambíguo final de "Inception - A Origem", o 'thriller' sobre uma equipa de ladrões que exploram e manipulam as alegadas diferentes camadas de sonhos existentes dentro das mentes das pessoas para servir os propósitos de quem os contrata.
Concluída a última missão, o líder Dominick Cobb (Leonardo DiCaprio) reencontrava a família nos EUA, país onde estava proibido de entrar. Por via das dúvidas, colocava um pião a girar, mas não esperava para ver o que acontecia: a câmara movia-se então em direção ao pião a girar, mas o plano cortava abruptamente para o vazio.
Mais cedo no filme, fora estabelecido que este era um totem pessoal que o ajudava a determinar se estava a sonhar ou não: se continuasse a rodar infinitamente, o seu dono estava no sonho de outra pessoa; se caísse, estava no mundo real.
Sonho ou realidade? Segundo o realizador, é um debate que passa ao lado do verdadeiro significado: Cobb já não se importa.
"Há algum tempo que não me perguntavam sobre isso, felizmente. Quando o filme estreou, passei por uma fase em que me perguntavam imenso. [...] Acho que foi a [produtora e esposa] Emma Thomas que indicou a resposta correta, a de que a personagem do Leo... o objetivo da cena é que, naquela altura, não quer saber. Não é uma pergunta a que responda confortavelmente", recordou no 'podvcast' Happy Sad Confused.
Em 2018, Michael Caine deu uma resposta menos subjetiva quando recordou uma conversa que teve com o realizador.
"Fiquei um bocado confuso quando recebi o argumento de 'Inception' e disse-lhe 'não percebo onde é o sonho'", explicou ao público antes de um visionamento do filme.
"Disse 'quando é que é sonho e quando é que é realidade?' Ele disse, 'Bem, quando estás presente na cena é realidade'. Portanto, fiquem com isto: se eu apareço, é realidade. Se não apareço, é um sonho", esclareceu.
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