A sétima edição do Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDoc) vai decorrer entre os dias 2 e 8 de agosto, com 31 filmes na secção de competição, além de exposições e conferências, foi hoje divulgado.

A programação do MDoc, que não se realizou em 2020 devido à pandemia de covid-19, foi hoje publicamente divulgada pela organização, que cabe à Ao Norte – Associação de Produção e Animação Audiovisual, em parceria com a Câmara Municipal de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

Em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação do festival, Patrícia Nogueira, da organização do festival e da associação Ao Norte, adiantou que “este ano, apesar de todas as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), estão reunidas as condições para ser uma edição com toda a qualidade e energia”, tal como tem acontecido desde 2013.

“Quando começámos a contactar os convidados, para nossa grande surpresa asseguramos uma lista considerável, principalmente, de realizadores nacionais e estrangeiros que têm filmes a concurso. Isso deixou-nos entusiasmados e com a certeza de que o festival está consolidado e que vamos ter uma sétima edição tão boa, ou melhor ainda, que em anos anteriores”, afirmou Patrícia Nogueira.

A responsável adiantou que para a sétima edição “foram considerados todos os filmes submetidos no ano passado, mais os que concorreram este ano”.

“Foi muito difícil chegarmos a uma seleção de 31 filmes oriundos de diversas partes do mundo, e do país, até porque uma das categorias do Prémio Jean Loup Passek é dedicada apenas ao cinema nacional”, explicou.

A programação

O Prémio Jean Loup Passek conta com 31 documentários a concurso: 19 longas-metragens e 12 curtas e médias-metragens, sendo que nove dos documentários selecionados concorrem também na categoria de melhor documentário português.

Todos os filmes concorrem também ao Prémio D. Quixote, atribuído pela Federação Internacional de Cineclubes.

Patrícia Nogueira adiantou que a organização está “a trabalhar para que o regresso do festival seja um sucesso”, tendo sido elaborado “um plano de contingência para o festival que inclui o alojamento dos convidados em unidades hoteleiras distintas, criando uma espécie de bolhas de segurança”.

Estão ainda previstas “várias atividades ao ar livre, como já vinha acontecendo nos anos anteriores, sendo que nos espaços interiores o número de lugares será limitado”.

O MDoc abre pela primeira vez em 2021 um concurso de cartazes de filmes, de produção portuguesa ou galega, com data de produção posterior a 01 de janeiro de 2018.

Além do Prémio Jean Loup Passek, a programação inclui o curso de Verão Fora de Campo, as residências Cinematográfica e Fotográfica Plano Frontal, exposições, apresentação de filmes e ainda debates com vários realizadores nacionais e internacionais.

De destacar que durante a semana também vai decorrer a oficina de verão, lecionada pelo realizador Pedro Costa, que resulta de uma colaboração com La Plantación – Encuentros e Conocimiento.

O projeto “Quem Somos os Que Aqui Estamos”, realizado por uma equipa da Ao Norte, apresenta “um estudo minucioso sobre as gentes de Melgaço, focando-se a cada ano numa parte do território do município”.

O projeto “Quem Somos os que Aqui Estamos”, coordenado por Álvaro Domingues e produzido por Rui Ramos, conta com a colaboração de Albertino Gonçalves, do antropólogo Daniel Maciel, do fotógrafo João Gigante, e da equipa de audiovisual composta por Carlos Eduardo Viana, Miguel Arieira e Daniel Deira.

Nesta edição do festival será divulgado trabalho produzido nas freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro. O projeto conta ainda com um trabalho da realizadora Tânia Dinis.

Este ano, “o MDoc vai ainda associar-se às comemorações do 25.º aniversário do Dia do Brandeiro, festa que celebra a transumância e é uma homenagem aos construtores da comunidade agropastoril da Branda da Aveleira”.

O programa “inclui a projeção de um documentário, um debate sobre arquitetura popular com a participação dos arquitetos António Menéres e Fernando Cerqueira Barros, do geógrafo Álvaro Domingues e de José Rodrigues Lima.

Está ainda prevista “uma visita à Branda da Aveleira e a inauguração de duas exposições do fotógrafo Luís Miguel Portela”.

À Lusa, o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, disse que a sétima edição do festival representa o regresso de “um marco cultural que o concelho afirmou nos últimos anos e sem o qual já não pode viver”.

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