A 21 de agosto, os produtores da saga "007" e o ator Daniel Craig anunciaram que, devido a diferenças criativas, Danny Boyle decidiu que não iria realizar o 25º filme.

Foi um sumário comunicado no Twitter com razões vagas para o realizador vencedor do Óscar por "Quem Quer ser Bilionário?" se afastar de um projeto ao qual estava ligado há vários meses escrito por um parceiro com quem trabalha há mais de 20 anos e que tinha início de rodagem previsto para 3 de dezembro.

Têm circulado rumores sobre o afastamento, mas um excerto de uma entrevista que o próprio Danny Boyle deu apenas cinco dias antes de ser anunciada a decisão está agora a merecer mais atenção porque pode ser a explicação definitiva.

Em conversa com a revista Radio Times, o realizador revelava que sempre foi um fã gigantesco de James Bond e que é impossível para um "aficionado de Bond" fazer um filme "007".

"Como toda a gente, vi os filmes, mas já tinha lido os livros, portanto tinha uma relação diferente com as personagens", começou por explicar.

"Embora eu ache que é impossível para um aficionado de Bond escrever ou realizar um filme Bond. Seria prejudicado por aquilo que sabia. Eles querem que a gente lhe traga algo de novo", esclareceu.

A estreia do novo filme estava agendada para 26 de outubro de 2019 no Reino Unido e 8 de novembro nos EUA, mas rumores persistentes na comunicação social britânica apontam que o afastamento de Danny Boyle e questões com o argumento podem levar ao adiamento por um ano.

Nesse sentido parece apontar o anúncio na terça-feira sobre "Knives Out", um novo projeto de Daniel Craig com Rian Johnson, realizador de "Os Últimos Jedi", onde este fale de uma abertura na agenda do ator.