Os "bons da fita" nos filmes de super-heróis conseguem ser mais violentos do que os vilões que estão a combater.

A conclusão é de um estudo da Academia Americana de Pediatria, que analisou dez filmes do género que estrearam nas salas de cinema entre 2015 e 2016.

Apesar de não indicar os títulos, a organização salienta que usou a definição utilizada pelo site de análise de bilheteiras boxofficemojo.com.

No período indicado foram lançados "Vingadores: A Era de Ultron", "Deadpool", "Batman v. Super-Homem" ou "Esquadrão Suicida".

O estudo revela que os protagonistas desses dez filmes cometem 23 atos de violência por hora, enquanto os vilões ficam pelos 18.

As personagens masculinas também são 500% mais violentas do que as femininas e são responsáves por 34 dos 41 atos de violência por hora.

Os heróis lutaram 1021 vezes e usaram armas letais em 659 ocasiões. Já os antagonistas envolveram-se em 599 lutas e usaram armas 604 vezes.

O estudo alerta para a necessidade dos pediatras educarem as famílias sobre a violência que é mostrada nestes filmes e os potenciais riscos que podem ocorrer quando as crianças tentam imitar aqueles que percecionam como heróis.

O investigador do estudo John N. Muller salientou nas suas conclusões que ao verem passivamente esta violência com os seus filhos, os pais passam-lhes implicitamente a mensagem que aprovam o que estão a ver e trabalhos anteriores mostram um aumento correspondente no comportamento agressivo.

Os pais, acrescenta, devem assumir um papel ativo para ajudarem os filhos a desenvolver um pensamento crítico e interiorizar valores.

A Academia Americana de Pediatria apresentou este estudo numa conferência nacional que se realizou na segunda-feira na Flórida.

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