A filha do ator e comediante Robin Williams, o vencedor de um Óscar falecido em 2014, verbalizou nas redes sociais a revolta com as recriações da sua voz que estão a ser feitas com o apoio da Inteligência Artificial (IA).

Ainda no último domingo Tom Hanks alertou os fãs para um anúncio a promover um Plano de Saúde Dental feito à sua revelia: o uso da tecnologia é um dos pontos contenciosos com os grandes estúdios de cinema na greve atores de Hollywood.

"Não sou uma voz imparcial na luta do sindicato SAG contra a IA. Tenho testemunhado HÁ ANOS como várias pessoas têm treinado esses modelos para criar/recriar atores que não podem dar os seus consentimentos, como o Pai. Isto não é uma teoria, é algo muito muito real", escreveu numa Instagram Story Zelda Williams, ela própria atriz.

"Já sabia que a IA costumava fazer com que a sua ‘voz’ dissesse o que as pessoas quisessem e embora ache isso pessoalmente perturbador, as ramificações vão muito além dos meus próprios sentimentos”, continuou.

"Os atores vivos merecem a oportunidade de criar personagens com as suas escolhas, de dar voz a desenhos animados, de colocar o seu esforço e tempo HUMANOS na procura da performance", defendeu.

Ao concluir, Zelda Williams regressou ao impacto do uso da IA no legado de artistas já falecidos: "Estas recriações são, na melhor das hipóteses, um pobre imitação de pessoas maiores. Mas, na pior das hipóteses, um pavoroso monstro 'frankensteiniano', remendado a partir dos piores pedaços de tudo o que esta indústria é, em vez do que deveria representar".