Não falta quem defenda  que o comediante Chris Rock devia ser convidado para ser o anfitrião da próxima cerimónia dos Óscares, tal como aconteceu em 2005 e 2016, como uma "compensação" da Academia após ter sido agredido por Will Smith com uma bofetada a 27 de de março.

Aparentemente, os responsáveis pela entrega das estatuetas douradas terão pensado o mesmo pois o convite para o evento de 12 de março de 2023 foi mesmo endereçado... e recusado.

Foi o próprio comediante a dar a novidade durante um espetáculo em Phoenix (Texas), no domingo à noite, de acordo com o jornal Arizona Republic.

Também se ficou a saber a justificação para o "não": para Chris Rock, regressar aos Óscares seria como voltar ao local de um crime.

Para que não restassem dúvidas, recordou o célebre caso OJ Simpson, em que o antigo atleta e ator foi ilibado após um mediático julgamento do assassinato da ex-mulher e de um amigo: seria como pedir à vítima Nicole Brown Simpson "para voltar ao restaurante" onde esteve antes de ir para a sua casa, onde aconteceu o crime naquela fatídica noite em 1994.

Chris Rock também contou que recusou a proposta para participar num dos cobiçados anúncios para o Super Bowl (a final do campeonato de Futebol Americano), o evento televisivo mais visto do ano nos EUA.

Em digressão com o seu espetáculo nos EUA, o comediante evitou o tema da agressão até que uma pessoa do público lhe gritou para "falar sobre aquilo".

Segundo o Arizona Republic, Chris Rock reconheceu que a bofetada doeu e não lhe passou despercebido que Will Smith interpretou o pugilista Muhammad Ali num filme.

"Ele é maior do que eu. O Estado do Nevada não aprovaria uma luta entre mim e ele", brincou.