O realizador passou, de forma intermitente, quase três anos em Lanzarote, com acesso à casa do Nobel da Literatura e, ainda hoje, depois da morte de Saramago, continua ao lado de Pilar nos passos para erguer a fundação com o nome do escritor.

Antes de
«José e Pilar», Miguel Gonçalves Mendes já tinha sido elogiado pelo seu documentário sobre o poeta e pintor surrealista
Mário Cesariny,
«Autografia».

Para além disso, Miguel está entre a lista de membros fundadores da recém-criada Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas que, diz, apoiará e promoverá «o cinema português em toda a sua diversidade».

Foi também recentemente que o cineasta viu
«José e Pilar» tornar-se no filme indicado por Portugal para tentar chegar à nomeação ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, batendo fitas como
«Mistérios de Lisboa» ou
«Filme do Desassossego».

Na calha,
Miguel Gonçalves Mendes tem já outro projeto com o selo «Saramago». O cineasta está agora a arrancar para aquela que vai ser a adaptação ao cinema de
«O Evangelho Segundo Jesus Cristo», obra polémica do Nobel a que Miguel quer «fazer justiça».

Foto: Mário Cruz/Lusa