Uma das figuras mais controversas da política americana (John Boehner, antigo presidente da Câmara dos Representantes e colega de partido chamou-lhe "Lúcifer em pessoa"], Ted Cruz está a ser gozado nas redes sociais após dar a personagem da ficção Jason Bourne como exemplo de um agente da CIA.

Esta terça-feira, o senador republicano do Estado do Texas e um dos maiores apoiantes do ex-presidente Donald Trump criticou um vídeo de recrutamento da CIA que destaca a inclusividade da agência de espionagem.

"Se vocês fossem um chinês comunista, ou um mulá iraniano, ou Kim Jong-un [o Líder Supremo da Coreia do Norte]... isso assustava-vos? Percorremos um longo caminho desde Jason Bourne.", comentou.

Note-se que as críticas ao vídeo da CIA ultrapassam as figuras do Partido Republicano: Ted Cruz retuitou uma mensagem original de Aisha Ahmad, uma académica britânica ligada à esquerda política, que, numa crítica implícita à "cultura woke" e à sua exigência de níveis de "virtude" ideológica extrema, destacou mensagens do vídeo como "Sou uma mulher negra", "Sou uma cisgénero 'millennial'", "Fui diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizada" e "Sou interseccional", antes de concluir "acho que é seguro dizer que a esquerda americana contemporânea falhou".

Só que Ted Cruz procurou desmontar o vídeo dando como exemplo de virtude a personagem do agente clandestino traído pela CIA criada pelo escritor Robert Ludlum e interpretada por Matt Damon em quatro filmes entre 2002 e 2016, o que se tornou irresistível tanto para figuras públicas como anónimos nas redes sociais.

"Ei, idiota: ‘Jason Bourne’ é imaginário - como a tua consciência", escreveu o comentador político Keith Olbermann.

"Jason Bourne é fictício, tal como James Bond, caso esteja com dúvidas", respondeu Ruben Gallego, congressista do Arizona do Partido Democrata.

"Não é só que Jason Bourne é um personagem fictício. Toda a questão dos filmes Bourne é que Bourne é o produto de uma organização de operações clandestinas secreta e à margem da lei, e que isso é mau", comentou Hans Noel, professor e escritor ligado à Ciência Política.

"1) Jason Bourne é um personagem fictício. 2) O presidente de que foste cúmplice é o melhor amigo de Kim Jong-un e disse que 'se tinham apaixonado', recordou o jornalista político Mehdi Hasan.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.