A história decorre na Argentina e tem a ver com as rivalidades provocadas por diferenças criativas que atravessam várias gerações de uma família de imigrantes italianos com inclinações artísticas.
«Tetro», cujo primeiro «trailer acaba de chegar à internet, é o mais recente filme de
Francis Ford Coppola, e terá estreia mundial este mês no Festival de Cannes.
O filme é de produção independente, pela lendária American Zoetrope, e confirma a tendência que o cineasta já sublinhara no seu regresso ao cinema em 2007, com
«Uma Segunda Juventude»: a criação de películas formal e tematicamente mais exigentes e comercialmente arriscadas, como as que fizera na fase mais importante da sua carreira, em fitas como
«O Vigilante» (1974),
«Apocalypse Now» (1979) e
«Do Fundo do Coração» (1982). Os ruinosos resultados de bilheteira deste último lançaram Coppola na realização de filmes cada vez mais de sobrevivência, mas com uma relevância artística cada vez menor, que culminou com os alimentícios
«Jack» (1996) e
«O Poder da Justiça» (1997).
Passou os dez anos seguintes ligado ao cinema apenas numa função de produção e supervisão de argumento, dedicando boa parte do seu tempo à produção de vinho, e regressaria em pleno à realização de obras de maiores ambições artísticas em 2007, com
«Uma Segunda Juventude».
Com
«Tetro», Coppola regressa ainda mais a fundo aos filmes de sensibilidade independente, tendo por intérpretes
Vincent Gallo, realizador e protagonista de
«Brown Bunny»,
Klaus Maria Brandauer,
Carmen Maura e
Maribel Verdu. A partir da Primavera deste ano, o filme começará a chegar aos ecrãs de todo o mundo.
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