James Cameron colocou fim ao tabu: todas as sequelas de "Avatar" que planeou e já estão escritas vão mesmo avançar.

Portanto, se for cumprido o plano do estúdio Disney, não vai ser preciso esperar outros 13 anos pelo próximo filme: "Avatar 3" está anunciado para 20 de dezembro de 2024, seguido por novos filmes a 18 de dezembro de 2026 e 22 de dezembro de 2028.

Durante alguns anos e principalmente nos meses que antecederam a estreia de "Avatar: O Caminho da Água", o realizador avisou que os resultados de bilheteira iriam determinar se avançava com "Avatar 4" e "Avatar 5"; se não fosse um sucesso comercial, o terceiro filme, praticamente concluído, seria a conclusão da saga de Pandora.

Mas o realizador revelou que já existe um veredito para a saga durante uma entrevista gravada para o programa "Who’s Talking to Chris Wallace?", numa altura em que a bilheteira global tinha atingido 1,5 mil milhões de dólares e "O Caminho da Água" se tornara o maior sucesso comercial de 2022, batendo "Top Gun: Maverick" (no último fim de semana, as receitas já ultrapassaram os 1,7 mil milhões e mantém-se uma forte afluência de espectadores).

"Apenas com o ímpeto que o filme tem agora, parece que vamos ultrapassar facilmente o nosso ponto de equilíbrio nos próximos dias. Portanto, parece que não posso escapar disto - vou ter que fazer essas outras sequelas", disse Cameron, fingindo relutância.

"Sei o que vou fazer nos próximos seis ou sete anos. O que importa é que vamos ficar bem. Tenho a certeza de que teremos uma discussão em breve com o pessoal da Disney sobre o plano para avançar com 'Avatar 3', que já está gravado - já captámos e filmámos o filme todo, portanto estamos na pós-produção prolongada para fazer toda aquela mágia do CG [efeitos especiais]. E depois 'Avatar 4 e 5' estão ambos escritos. Até temos uma parte do 4 filmada. Neste momento, começámos uma franquia. Começámos uma saga que agora se pode desenrolar ao longo de vários filmes", esclareceu.

O cineasta chegou a tornar-se vital ao descrever "Avatar 2" como "o pior caso de negócio na história do cinema" e que o limiar de sucesso era "ser o terceiro ou quarto filme mais rentável na história".

Por essas contas, teria de ultrapassar o quarto lugar de "Star Wars: Episódio VII — O Despertar da Força" (2015), com 2,069 mil milhões de dólares, pelo que houve várias a notícias a "arredondar" o limiar para os 2 mil milhões de dólares.

"Para esclarecer, eu nunca dei um número. Eu disse que teria de ficar entre os mais rentáveis na história do cinema e outra pessoa qualquer pegou nesse número e acabou por ficar. Na verdade, é inferior", defendeu Cameron na entrevista.

Segundo vários analistas, estima-se que o filme tenha custado mais de 400 milhões de dólares, com uma campanha de marketing que deve ter elevado o preço para os 600 milhões.

Como os estúdios ficam com cerca de metade das receitas das bilheteira, o ponto de equilíbrio aproximado para estes valores seriam os 1,2 mil milhões.