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“A história de uma revolução e o que ela significa é complicada”, afirmou Gilroy, durante um painel da Associação de Críticos de Televisão (TCA, na sigla em inglês).
“Quantos milhões de seres temos nesta galáxia?”, questionou. “Isto é sobre as enormes forças tectónicas que manipulam a vida das pessoas e as forçam a tomar decisões”.
A ação situa-se cinco anos antes dos acontecimentos do filme “Rogue One: Uma História de Star Wars” e segue a evolução do piloto Cassian Andor como agente da rebelião contra o Império. É a quarta série do universo "Guerra das Estrelas" ("Star Wars", em inglês) a chegar ao Disney+.
“Não podemos deixar de fora as áreas cinzentas quando falamos de uma revolução”, afirmou o ator Diego Luna, que interpreta Cassian Andor e é coprodutor da série. “Há tantas camadas. Quando falamos de sobrevivência, o julgamento é diferente”.
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Além de Diego Luna, o título conta com os atores Forest Whitaker, Adria Arjona, Stellan Skarsgård, Denise Gough, Kyle Soller e Fiona Shaw.
Nesta prequela, Andor é um homem bastante diferente daquele que a audiência vem a conhecer em “Rogue One”, forçado a cometer atos terríveis e a fazer muitos sacrifícios pela rebelião.
“Vou pôr em causa tudo o que vocês pensam sobre o Cassian”, afirmou Luna, que também falou sobre a sua personagem na sessão da Lucasfilm durante a D23 Expo, a 10 de setembro.
“Tudo o que fazia sentido quando vocês assistiram a ‘Rogue One’ agora vai ser desafiado”, continuou. “Sabemos como isto acaba e podemos ser muito criativos na forma como chegamos lá”.
Com 12 episódios que foram filmados como uma enorme longa-metragem, “Andor” mostra o florescimento da rebelião e a transformação de Cassian num revolucionário e depois num herói. Coloca também grande foco nos agentes que trabalham para esmagar a rebelião incipiente e assegurar a continuidade do Império.
“Este formato dá-nos o que é esperado com ação e dimensão e também consegue contar uma história muito íntima sobre estas personagens do lado negro”, disse Diego Luna. “Eles também escovam os dentes”, gracejou.
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Tony Gilroy (conhecido por escrever os filmes da saga “Bourne”) disse que a série vai mergulhar a fundo nestes personagens e mostrar que, por mais malévolo que seja, o Império também é um ambiente de trabalho. “Eles são funcionários”, indicou o produtor. “Querem carreiras”.
A série terá um estilo ‘thriller’ de espionagem e a primeira temporada cobrirá um ano de ação. A segunda temporada, que começa a ser gravada em novembro, cobrirá os restantes em blocos de três episódios por ano.
“Se formos bem-sucedidos com os 24 episódios que vamos ter, quando vocês virem ‘Rogue One’ muitas cenas terão maior significado e ressonância”, prometeu Tony Gilroy.
Para lá da ação e a história épica da galáxia, os criadores falam de uma narrativa que é sobre pessoas e sobre temas que ressoam com a audiência.
“Acredito que uma história como esta pode permitir-nos fazer comentários e falar do que importante”, afirmou Diego Luna. “É fácil dizer que isto acontece numa galáxia muito longe e por isso não podemos refletir”, indicou. Mas estas “são histórias sobre pessoas normais. Eu e tu, nós”, continuou o ator.
A estreia de “Andor” será tripla, com três episódios a serem lançados de uma vez. Sanne Wohlenberg e a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, também são produtoras executivas da série.
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