Quando pensamos em caras familiares do pequeno ecrã, muitos dos primeiros nomes que nos saltam à cabeça são de mulheres. Cristina Ferreira, Júlia Pinheiro, Fátima Lopes, Teresa Guilherme, Tânia Ribas de Oliveira, Bárbara Guimarães, Clara de Sousa, Catarina Furtado, Manuela Moura Guedes ou Judite Sousa são alguns dos pesos pesados que marcaram e continuam a marcar a história da televisão em Portugal.

"Há mais mulheres do que homens na televisão e isso não mudou - não vou dizer se são melhores ou piores do que antigamente, mas há muitas mulheres na comunicação", sublinha Teresa Guilherme ao SAPO Mag. "Como a RTP fez 66 anos esta terça-feira, fizemos um exercício e foi fácil perceber que sempre houve muitas mulheres, efetivamente", destaca Tânia Ribas de Oliveira.

No Dia Internacional da Mulher, olhamos para a presença feminina à frente e atrás das câmaras, num período de contestação entre os funcionários dos canais privados - em fevereiro, mais de 150 trabalhadores da SIC protestaram em silêncio por aumentos salariais para todos; no próximo dia 15 de março, os trabalhadores da TVI, canal do grupo Media Capital, vão estar em greve e, entre as outras reivindicações está a atualização do subsídio de alimentação para o máximo permitido legalmente, a concessão de 25 dias de férias anuais e outras questões que têm a ver com o plano de carreiras.

A presença de mulheres no pequeno ecrã sempre se fez notar e o nascimento dos canais privados fez aumentar as oportunidades. Em 1992, a abrir a primeira emissão da SIC, estava Alberta Marques Fernandes. Quase três décadas depois, em 2021, foi Judite Sousa a abrir as emissões da CNN Portugal, o canal de informação mais recente em Portugal.

O início
Alberta Marques Fernandes foi o rosto da abertura da SIC. No programa de informação, Francisco Balsemão, presidente do canal, foi o convidado.

Além dos vários programas com segmentos dedicados às mulheres, em 2002, a SIC decidiu apostar num canal para o público feminino, que hoje está em festa. A SIC Mulher nasceu a 8 de março e esta quarta-feira celebra o seu 20.º aniversário com uma programação especial associada ao movimento #MulheresQueNosInspiram, que desafia os espectadores a partilharem uma fotografia com a mulher que é a sua maior inspiração.

As mulheres à frente das câmaras

A presença feminina à frente das câmaras tem sido significativa desde o início da história da televisão em Portugal. Num rápido zapping pela RTP1, SIC e TVI, facilmente nos cruzamos com mulheres em lugares de destaque - Sónia Araújo ("Praça da Alegria"), Diana Chaves ("Casa Feliz") e Maria Botelho Moniz ("Dois às 10") dividem protagonismo com homens nas manhãs; Tânia Ribas de Oliveira ("A Nossa Tarde") e Júlia Pinheiro ("Júlia) são as estrelas dos programas das tardes da RTP1 e SIC; Cristina Ferreira ("O Triângulo"), Fátima Lopes ("Caixa Mágica" e "All You Need Is Love") e SÍlvia Alberto ("Dança Comigo") conduzem grandes formatos de fim de semana.

Na informação, os rostos femininos também se destacam nos principais canais em sinal aberto: Ana Lourenço ("Telejornal"), Dina Aguiar ("Portugal em Direto"), Clara de Sousa ("Jornal da Noite"), Sara Pinto ("Jornal Nacional) e Sandra Felgueiras ("Jornal Nacional") são alguns exemplos.

Dia da mulher

"Posso estar enganada em termos de memória, mas há muitas mulheres que começaram a trabalhar em televisão muito cedo e desde os primórdios da televisão que existem mulheres nos ecrãs. A Alice Cruz e anos mais tarde - e estou a citar aleatoriamente - a Ana Zanatti, a Serenella Andrade, a Isabel Angelino, as jornalistas, como a Manuela Moura Guedes, a Maria Elisa, a Judite Sousa e tantas outras. Sempre passaram muitas mulheres pelos ecrãs da RTP", frisa Tânia Ribas de Oliveira em conversa com o SAPO Mag.

Nos bastidores do pequeno ecrã

Os casos de desigualdade de género multiplicam-se nos vários setores e a indústria do entretenimento não é exceção. Esta terça-feira, o estudo "A Condição da Mulher nos Sectores do Cinema e do Audiovisual em Portugal" revelava que as mulheres ganham menos no setor, progridem mais devagar nas carreiras e há casos de discriminação de género, assédio e racismo.

Sobre o tema da desigualdade, Tânia Ribas de Oliveira confessa que nunca sentiu tratamento diferenciado. "Em termos pessoais, não posso dizer que alguma vez tenha sentido porque estaria a mentir. Nunca senti. Senti sempre um tratamento igual em relação a mim e aos meus colegas homens, em relação a mim e às minhas colegas", frisa.

Ao SAPO Mag, a apresentadora da RTP1 conta também que nunca enfrentou um caso desigualdade salarial: "Nunca senti diferença nenhuma, nem de acesso aos programas, aos lugares - era indiferente se fosse mulher ou homem -, nem diferenças salariais: por exemplo, duas pessoas a fazerem exatamente a mesma coisa e uma ganhar muito mais do que a outra por ser homem ou por ser mulher. Nunca aconteceu, nunca senti isso na pele".

Produtora, apresentadora e diretora, Teresa Guilherme admite também que nunca se sentiu prejudicada por ser mulher. "Sei que as pessoas esperam que eu diga que tive mais dificuldades por ser mulher mas não. Acho que sou muito bruta, quando meto uma coisa na cabeça, vai tudo à minha frente. Talvez até tenham existido essas dificuldades, mas encarava como uma dificuldade natural e não como uma dificuldade por ser mulher. Achava que era mais fácil chegar a alguns objetivos por ser mulher, no sentido em que, enquanto produtora, conseguia dar uma volta às coisas de uma forma charmosa", admite a apresentadora.

"Quando fui diretora da SIC, era a única mulher na direção, mas até me sentia protegida pelos meus colegas. Não sou uma mulher de me deixar ficar, não paro para pensar", acrescenta. "Esse preconceito não foi um obstáculo para mim, mas ele existe e resolvi-o com as minhas empregadas - cheguei a ter 700 e tal empregados e isso consegui fazer. Tinha empregadas minhas que me diziam: 'Já sei que tenho de me ir embora porque estou grávida'. Mas eu dizia: 'não se vão embora nada, nem pensar'. O que fiz pelas mulheres foi dentro da minha 'casinha' e o exemplo sempre tem algum efeito", lembra Teresa Guilherme.

O peso da imagem: "Não uso o mesmo vestido duas vezes"

Atualmente afastada do pequeno ecrã, Teresa Guilherme acredita que a idade e a imagem não são fatores determinantes para as mulheres continuarem ou não na televisão. "Acho que a questão da imagem, com a idade, não é mais prejudicial para as mulheres porque também não há homens [mais velhos na televisão]. O preconceito da idade não está relacionado com a imagem. Para uma pessoa de 60 anos e normal, como acho que sou, não é a imagem que prejudica, o que prejudica é que há muitas pessoas que chegam depois, muitos amigos e muitas coisinhas e acabas por ficar de fora. Não é por estares mais velha e por teres cabelos brancos. Ficas de fora porque não fazes parte da grupeta e também já não aturas certas coisas", defende a apresentadora, atualmente sem projetos em curso na televisão.

Em 2014, Karl Stefanovic, apresentador de um programa de informação australiano, usou exatamente o mesmo fato durante 365 dias e nenhum espectador reparou. Segundo o The Guardian o jornalista decidiu fazer a experiência para "chamar a atenção para a injusta pressão colocada na aparência das mulheres".

"Ninguém notou, ninguém se interessou", explicou o apresentador australiano citado pela Fairfax Media. "Mas se as mulheres usarem uma cor errada, são chamadas à atenção", acrescentou, defendendo que as mulheres "são frequentemente julgadas pelo que vestem, pela forma como se penteiam", enquanto os homens são "julgados pelas entrevistas, pelo sentido de humor - basicamente, pelo trabalho".

Teresa Guilherme e a relação com Júlia Pinheiro:
"Acho muito negativo que as mulheres tenham de provar dez vezes mais do que um homem para chegar a um lugar de chefia"

Ao SAPO Mag, Teresa Guilherme comenta a experiência do jornalista australiano: "E será negativo? As mulheres vendem pela imagem. Se não encaramos como uma obrigação, podemos usar isso a nosso favor na comunicação. A comunicação também é imagem e as mulheres chamam mais à atenção", refere.

"Acho que não é negativo. O que acho negativo é as mulheres ganharem menos que os homens. Acho muito negativo que as mulheres tenham de provar dez vezes mais do que um homem para chegar a um lugar de chefia. Isso continua, mas ao longo da vida vais vendo que, ao longo das décadas, as coisas mudaram. As coisas não mudam de um momento para o outro, mas vão mudando", conclui.

Tânia Ribas de Oliveira de volta às tardes da RTP1: o passado e o presente dos apresentadores portugueses

Para Tânia Ribas de Oliveira, "é muito mais fácil reparar-se" nas roupas que as mulheres usam no pequeno ecrã. "Eu não sei se se sente a pressão [da imagem], mas acho que sim. A verdade é que não uso o mesmo vestido duas vezes, mesmo que só inconscientemente sinta essa pressão. Os homens, na verdade, hoje em dia, em daytime, usam calças de ganga, bombazine ou pullovers, é diferente. Antigamente andavam quase sempre de fato e o fato de um homem é um fato de um homem... entre o azul escuro, preto e cinzento, não varia muito. A mulher tem mais variedade e, portanto, é muito mais fácil reparar-se - é óbvio que se repetem calças ou saias, mas vestidos inteiros é mais difícil que se repitam", analisa.

Em 2022, no talk show "The Emergente Show", Maria Botelho Moniz , apresentadora da TVI, sublinhou que "há outras situações em que teria sido mais fácil ser homem". "Eu nunca ouvi ninguém a dizer a um homem que ele precisa de caber num 36. A mim nunca me disseram diretamente, mas já me fizerem sentir que a vida seria mais fácil se um 36 me servisse", contou a apresentadora.

"A pressão é menor sobre os homens. Já tive esta conversa com o Cláudio [Ramos] e chegámos rapidamente à conclusão que é muito mais difícil para as mulheres porque se nós ligamos a televisão para ver o Cláudio, é porque achamos o Cláudio engraçado. É indiferente se a camisa do Cláudio é verde ou azul. Eu ponho um vestido mais clássico e sou uma velha. Eu corto o cabelo, é porque devia ter comprido. Se eu tenho comprido é porque está pesado e devia ser curto. Se eu decido colocar uma maquilhagem diferente, é porque estou horrível. É constante e torna-se muito pesado e sobretudo com as redes sociais. E pode-se tornar difícil se não tivermos uma estrutura que nos suporte neste sentido", defendeu a apresentadora do programa "Dois às 10".

Maria Botelho Moniz sublinhou ainda durante a conversa no talk show que não é a pessoa "mais confiante do mundo". "Posso não ser a pessoa mais confiante do mundo, no meu corpo, na maneira como falo, no tom de voz, mas sei que faço um bom trabalho. E, às vezes, isso parece que não é suficiente", rematou.

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"Com as redes sociais é muito fácil chegarem comentários", defende Tânia Ribas de Oliveira. "O acesso das pessoas às figuras públicas está facilitado e o que antigamente se conversava no café, diz-se num post - 'Esse vestido é feio ou fica-lhe mal' era uma coisa que as pessoas não tinham possibilidade de dizer. Nós também - falo eu enquanto pessoa que aparece na televisão todos os dias - nos queremos resguardar desse tipo de comentários", sublinha a apresentadora da RTP1. "Tenho um programa diário, era o que mais faltava não repetir peças. Estou no ar há quase 16 anos e todos os dias, de segunda a sexta-feira", acrescenta.

A representatividade atrás das câmaras

Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, houve um aumento significativo da presença de mulheres em cargos de liderança na televisão, como diretoras ou produtoras executivas. Apesar disso, o caminho a percorrer para alcançar a igualdade de género ainda é longo.

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"O importante é que se continue a dar primazia ao mérito, continuar a atuar com meritocracia, independentemente do género"

Da informação ao entretenimento, várias mulheres se destacaram em cargos de poder e brilharam em frente às câmaras. Atualmente, Cristina Ferreira é uma das mulheres mais mediáticas e ocupa o cargo de diretora de entretenimento e ficção na TVI. Antes da apresentadora da estação de Queluz de Baixo, muitas outras profissionais abriram caminho: Maria Elisa (foi, por duas vezes, diretora de programas da RTP e a primeira diretora de programas da SIC), Teresa Guilherme (SIC), Júlia Pinheiro (SIC), Judite Sousa (informação da TVI), Gabriela Sobral (Plural) ou Felipa Garnel (TVI), entre outras.

"Estamos num bom caminho, mas há muito para se fazer", defende Tânia Ribas de Oliveira. "Por exemplo, há uns anos não existiam mulheres em determinadas funções técnicas. Temos uma mulher câmara há muito tempo e hoje em dia já temos muitas mais. Assim de repente, lembro-me de quatro. Era uma coisa impensável há uns tempos", revela.

"Quem diz câmara diz outras funções que eram praticamente sempre atribuídas só a homens. Em cargos de direção também temos muitas mulheres e na apresentação de programas também, naturalmente. As coisas estão num bom caminho e o importante é que se continue a dar primazia ao mérito, continuar a atuar com meritocracia, independentemente do género", defende a apresentadora do programa "A Nossa Tarde", da RTP1.

As mulheres mandam no comando

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créditos: TIAGO DAVID

"Há muito que os diretores de programas perceberam que quem mandava no comando eram as mulheres", lembra Teresa Guilherme ao SAPO Mag. E os estudos provam-no: segundo o Inquérito às Práticas Culturais dos Portugueses em 2020, realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, há mais mulheres (92%) a ver televisão diariamente do que homens (87%).

"Quem vê mais televisão são as mães de família ou as mulheres sozinhas e, por isso, os diretores criaram um núcleo de mulheres fortes nos seus canais e deram muitas oportunidades para muitas mulheres de aparecerem", acrescenta a apresentadora. "O que aconteceu nos últimos anos é que existiram dois grandes diretores nas televisões: o Emídio Rangel (SIC), que já faleceu, e o José Eduardo Moniz, da TVI. Tanto um como o outro, muito fãs do trabalho das mulheres, tinham confiança e tinham muitas mulheres à frente dos seus programas", lembra.

O primeiro programa dedicado ao universo feminino

No início dos anos 1990, ainda antes do arranque dos canais de televisão privados, os temas associados ao universo feminino não faziam parte dos temas abordados em antena. Em 1991, já com uma carreira sólida como produtora, Teresa Guilherme sugeriu à RTP1  um programa dedicado às mulheres, que viria a tornar-se emblemático. Mas, inicialmente, o projeto não foi recebido de braços abertos.

"Sugeri fazer um magazine para mulheres e foi assim que tudo começou. Parece extraordinário, mas não havia mesmo. Fui sugerir a ideia ao canal 1 e disseram-me: 'Alguma vez? Que sentido é que faz ter um programa para mulheres na televisão?'. Agora parece uma coisa muito estranha, mas na época não era - temos de nos posicionar no tempo. Fiquei muito surpreendida porque achava que havia espaço na televisão para ter um programa feminino - o conceito pode ser definido assim, mas não eram só as mulheres que viam", recorda a apresentadora em conversa com o SAPO Mag. "Lá fiz o 'Eterno Feminino', mas na RTP2. Quando souberam que tinha sido rejeitado na RTP1, convidaram-me para apresentar também. Foi assim que entrei na apresentação - não era a minha intenção, a minha intenção era produzir", conta.

O programa estreado em 1991 contava com entrevistas, reportagens e música ao vivo, "tendo sempre com eixo central o mundo feminino e também, a sua relação com o masculino", pode ler-se na sinopse da RTP. "Foi aí que ganhei força como produtora e como apresentadora porque as pessoas engraçaram comigo e comecei a ser conhecida. De facto, o conceito do 'Eterno Feminino' durou muitos anos - saiu da RTP e ainda foi para a SIC, mas com com outro nome ('O Resto é Conversa'). Mas sempre dentro da mesma linha", lembra a apresentadora.

Teresa Guilherme vai

Nos anos 1990, os temas abordados no programa eram considerados disruptivos e atrevidos: "Falámos de serviços ou de astrologia, o que era quase proibido. Falámos de nutrição e era uma coisa 'ai meu Deus, não pode falar de nutrição na televisão'". "Também tínhamos uma sexóloga e foi preciso mover céu e terra para conseguir ter alguém a falar de sexo do ponto de vista das mulheres. Era quase impensável naquela altura", recorda Teresa Guilherme, lembrando que muitos dos temas foram criticados.

Para abordar os temas no pequeno ecrã, a apresentadora teve de ir contra várias forças que tentavam remar contra a sua maré: "Sempre existiram mais críticas dos homens, as mulheres tinham curiosidade".

"Houve muitas guerras e, olhando para trás, bastantes palermas. Há sempre uma forma de começar e acho que este formato continua vivo na televisão - na verdade, nos programas da manhã e da tarde, de alguma forma. Talvez este tenha sido o meu maior contributo para as mulheres olharem para si próprias", frisa.

O caso "A Nossa Tarde"

Tânia Ribas de Oliveira conduz o programa "A Nossa Tarde", da RTP1, desde abril de 2019. Nos mesmo horário, na SIC, vai para o ar o programa de Júlia Pinheiro, e na TVI a emissão está a cargo de Manuel Luís Goucha.

Fotos: Foi assim o 2.º aniversário do programa de Tânia Ribas de Oliveira
créditos: Pedro Pina | RTP

"Pelos estudos que foram feitos pela RTP, o público dos programas de dia, nomeadamente 'A Nossa Tarde', é maioritariamente feminino e, naturalmente, pela hora em que dá o programa, são mulheres reformadas ou em casa por outro motivo qualquer", adianta a apresentadora. "Desde a pandemia e com o teletrabalho, as idades das mulheres também são diferentes - há muitas pessoas ativas a trabalhar a partir de casa e, muitas vezes, com a televisão ligada como companhia", revela, destacando que "são feitos muitos conteúdos para o público alvo - mulheres a partir de uma determinada idade".

"Queremos mantê-las ativas, informadas, a gostar delas próprias e, portanto, falamos muitas vezes sobre isso. Por exemplo, temos um consultório médico à segunda-feira e quando surge o tema de falar sobre algum problema de saúde relacionado eventualmente com menopausa ou com estados da mulher numa determinada idade, dizemos logo que sim", explica a apresentadora da RTP1.

"Serve para quebrar tabus também porque são outras gerações, que não estão habituadas a um determinado tipo de linguagem, nem têm facilidade de falar sobre alguns temas, e conseguimos tirar o peso da história e falar das coisas abertamente, como da sexualidade na terceira idade ou da menopausa. Acho que desconstrói um bocadinho algumas coisas e ajuda sempre", termina.

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