"Estamos muitos felizes por ter os relógios apontados para este dia 8 de março, quando tudo se torna na HBO Max", começa por celebrar Christina Sulebakk, diretora-geral da HBO Max para a Europa, Médio Oriente e África, em conversa com o SAPO Mag e vários meios da Europa.

Esta terça-feira, dia 8 de março, a HBO Portugal chegou ao fim, dando lugar à HBO Max. O serviço de streaming premium da WarnerMedia é descrito como "uma nova experiência de streaming" que oferece um vasto catálogo de filmes, séries originais e programação infantil da Warner Bros., HBO, DC, Cartoon Network e Max Originals.

Até esta segunda-feira, a HBO Max estava atualmente disponível em 46 territórios, número que hoje aumentou para 61 - a plataforma foi lançada em 15 países adicionais.

"Pensamos sempre no local. Agimos localmente e isso é muito importante para nós. Não podemos simplesmente dizer que vamos lançar em todo o lado e que vai ser um produto global. Temos de nos adaptar aos mecanismos de pagamento, adaptar as funcionalidades, dobragens, legendagem e é necessária uma constante operação que precisa de ser preparada para entrar no mercado", explica Christina Sulebakk.

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créditos: Tiago David

"Há muita coisa que precisa de ser avaliada localmente para ser um sucesso no lançamento. É o maior desafio. Quando as pessoas me perguntam se é mais difícil lançar num mercado novo ou num mercado em que já estamos... respondo que o desafio é igual. Porque num mercado que já existe, como Portugal, há muitas expectativas em relação ao catálogo de conteúdos", destaca.

Uma nova plataforma "direcionada para grandes conteúdos"

A HBO Max, plataforma que reúne conteúdos da Warner Bros., HBO, DC, Cartoon Network e Max Originals "num só lugar pela primeira vez, incluindo os filmes da Warner Bros. apenas 45 dias após o seu lançamento nos cinemas", promete proporcionar aos espectadores "uma experiência de visualização melhorada". As funcionalidades da nova plataforma incluem a personalização até cinco perfis de espectadores, três transmissões simultâneas e sem limite de dispositivos registados, por subscrição. Os títulos selecionados vão estar disponíveis em 5.1 surround sound, Dolby Atmos e 4K.

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créditos: TIAGO DAVID

"Há muitas diferenças entre HBO Max e a HBO Portugal ou a HBO Go. Diria que os utilizadores vão, em primeiro lugar, experimentar uma nova plataforma tecnológica e que é muito mais direcionada para grandes conteúdos, com mais qualidade de imagem e de som. Também em termos de usabilidade, será mais fácil utilizar, é muito intuitiva", sublinha a responsável do serviço de streaming.

Christina Sulebakk destaca também o catálogo de conteúdos. "Temos grandes conteúdos da Max Originals, que são as nossas novas produções, como a nova versão de 'Gossip Girl', 'Just Like That' ou 'Raised by Wolves'. E, claro, temos as produções HBO Original, que conta com todo o nosso legado com grandes e fortes histórias. Temos o DC Universe, Warner Brothers ou um segmento da Cartoon Network, que junta produções infantis", destaca.

"Matrix Resurrections", "Dune", "King Richard: Para Além do Jogo" e "O Esquadrão Suicida" são alguns dos filmes que estão já disponíveis. Já os novos Max Originals incluem "Station Eleven", "Peacemaker" e "The Sex Lives of College Girls" e os Max Originals europeus que vão chegar à plataforma incluem "Todo Lo Otro", "Kamikaze", "Lust", "Ruxx", "The Thaw" ou "The Informant" e "Garcia!".

Com a entrada da HBO Max em novos mercados, a diretora-geral da HBO Max para a Europa, Médio Oriente e África espera conquistar novos subscritores. "As nossas expectativas para 2022 são muito boas porque estamos a lançar em novos mercados, como Portugal, mas vamos também lançar nos Países Baixos, Grécia ou Islândia este ano", explica.

"Vamos ver a 'paisagem' do streaming a crescer"

"Temos 27 milhões de subscritores fora dos Estados Unidos. Foi um crescimento de quase oito milhões no ano passo. No total, são 73,8 milhões de subscritores [em todo o mundo]", revela.

"Estou sempre a estudar as diferentes tendências do sector. Quantos serviços de streaming podemos ter? Quantos é que os consumidores querem? Como se diferenciam entre si? Acho que teremos grandes players, players globais, que chegam a diversos públicos e segmentos. Haverá um futuro brilhante para aqueles que são mais segmentados na sua programação, seja ela originais ou de outras categorias. Podem-se focar nas crianças, em jovens adultos ou em interesses especiais", prevê.

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créditos: TIAGO DAVID

"Vamos ver a 'paisagem' do streaming a crescer. Vemos isso de ano para ano. Não creio que vá estagnar a partir de agora. Por isso, acho que o crescimento vai continuar. Mas temos de garantir que chegamos às audiências e aos segmentos certos. Digo sempre que se queremos ser os melhores em todas as categorias, não vamos ser os melhores em nada", defende Christina Sulebakk.

"Temos de encontrar a área onde somos realmente bons e ter um serviço de 'cortesia' à volta. Na HBO queremos ter as grandes histórias e falamos de séries com enredo forte e que fomos tendo ao longo dos anos", sublinha. "Queremos ser o lugar onde as pessoas possam encontrar histórias fortes e com impacto. E também queremos ser o lugar onde se encontram histórias que não podem ser contadas em outros lugares, como 'Chernobyl' ou  'Mare of Easttown', que são histórias fortes, que têm uma história inclusiva, o que é muito importante para nós", acrescenta.

"Temos histórias que não podem ser encontradas em muitos outros serviços de streaming. Por isso, queremos ser os melhores nessa categoria. Além disso,  gostaríamos também de ser capazes de complementar o catálogo com grandes conteúdos infantis e outras ofertas", remata a diretora-geral da HBO Max para a Europa, Médio Oriente e África.

As produções originais e uma produção portuguesa a caminho

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"Os originais são muito importantes para nós", sublinha Christina Sulebakk, diretora-geral da HBO Max para a Europa, Médio Oriente e África. "Acho que temos uma boa história de produção de originais locais, especialmente na Europa Central. Nos últimos anos, também temos vindo a produzir com bastante sucesso nos países nórdicos e em Espanha", lembra em conversa com os jornalistas.

"Agora, estamos a avançar para mais mercados e onde nunca estivemos antes. A Eslováquia é um deles, com uma produção a sair na primavera. (...) Temos mais dois que já foram anunciados e mais novidades para a Roménia", adianta.

E em Portugal? "Estamos no meio de uma análise de uma produção original, mas ainda não posso anunciar. Mas espero que o façamos em breve", conta Christina Sulebakk, sem adiantar mais detalhes sobre o projeto.

"Estamos a aumentar o volume e estamos a olhar não só para os formatos de tradicionais com guiões, mas naturalmente é mais caro e demora mais tempo. Estamos também à procura de documentários sem guião, mas também de formatos de entretenimento", revela.

Os preços da HBO Max

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créditos: Tiago David

A HBO Max, serviço de streaming premium da WarnerMedia, chegou esta terça-feira a Portugal. A subscrição do serviço é de 5,99 euros - a subscrição mensal HBO Portugal era de 4,99 euros.

"No entanto, de forma a celebrar a chegada da HBO Max, os atuais subscritores da HBO Portugal serão automaticamente migrados para a nova plataforma e irão pagar um preço promocional de 3,99 euros mensais. Esta promoção vai permitir que os subscritores poupem mais de 30% enquanto mantiverem a sua subscrição. Os novos clientes que assinem antes de 31 de março, também terão a oportunidade de subscrever o serviço com este preço mensal promocional", adianta o serviço de streaming.

Depois do dia 31 de março, para além da subscrição mensal continuar disponível, vai ser introduzida uma nova subscrição anual pelo preço de 46,99 euros.

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