Whoopi Goldberg pediu desculpa algumas horas após uma polémica declaração sobre o Holocausto no seu programa "The View" que provocou críticas de organizações como a Liga Antidifamação e o Museu do Holocausto nos EUA, entre outras.

"No programa de hoje disse que o Holocausto 'não é sobre raça, mas sobre a desumanidade do homem para com o homem'. Devia ter dito que era sobre ambos", escreveu a atriz nas redes sociais.

"O povo judeu à volta do mundo sempre teve o meu apoio e isso nunca será ao redor do mundo sempre teve o meu apoio e isso nunca será abandonado. Peço desculpa pela dor que causei", continuou.

Algumas horas antes, o CEO da Liga Antidifamação tinha respondido nas redes sociais: "O Holocausto foi sobre a aniquilação sistemática do povo judeu pelos nazis – que eles consideravam uma raça inferior. Eles desumanizaram-nos e usaram a sua propaganda racista para justificar o massacre de seis milhões de judeus. A distorção do Holocausto é perigosa"

A polémica surgiu durante uma discussão das apresentadores do programa sobre livros que tinham sido banidos, como a banda desenhada "Maus", que conta a história do pai do autor Art Spiegelman nos campos de concentração, em que os judeus são representados como ratos e os nazis como gatos.

Após a declaração polémica, as colegas no painel do programa tentaram perceber o que Whoopi Goldberg queria dizer, recordando que os nazis realmente acreditavam na pureza e superioridade da raça ariana.

Mas a atriz e anfitriã do programa reforçou que a questão não era sobre raça porque tanto os nazis como os judeus eram da mesma raça.

"Estes são dois grupos brancos de pessoas. Vocês não estão a perceber. A partir do momento em que passa a ser sobre raça, entra-se num beco. Vamos falar sobre isso pelo que é. É como as pessoas se tratam umas às outras. É um problema. Não importa se se é negro ou branco, porque negros, brancos, judeus, todos se comem uns aos outros", insistiu.

Convidada no programa de Stephen Colbert na segunda-feira à noite para falar de outros temas, a atriz acabou também por ter de se explicar: como uma pessoa americana negra, a sua definição de raça é mais visual, baseada na cor da pele, que imediatamente identifica a raça, mas essa não é a forma como os judeus a definem.

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