O álbum incluía a canção que desde logo marcou a carreira de Vitorino, “Menina estás à janela”, e outras que também definiram o seu percurso, como “Cantiga d'um marginal do século XIX”, “Cantiga de uma greve de verão” e “Morra quem não tem amores”.
"Os Malteses", "Não há terra que resista - Contraponto", "Romances", "Flor de la mar", "Leitaria Garrett", "Sul", "Negro fado", "Cantigas de encantar" são alguns dos álbuns de Vitorino, editados desde então.
Entre outros trabalhos do músico contam-se "Eu que me comovo por tudo e por nada", "A canção do bandido", "La Habana 99", "Alentejanas e amorosas", “Utopia”, "Tango" e, entre os mais recentes, "Ninguém nos ganha aos matraquilhos!" e "Viva a República, viva!", editado no centenário da República.
Na sua carreira destacam-se canções como "Queda do império", "Vou-me embora", "Fado Alexandrino", "O dia em que me queiras", "Laurinda", "Ó rama, ó que linda rama", entre criações próprias, de origem tradicional ou de raiz histórica, como "Carbonárias", "Marcha da Patuleia" ou "Maria da Fonte".
Vitorino cantou o escritor António Lobo Antunes e o poeta árabe Al Muthamid, do século XI, e trabalhou com músicos como Pedro Caldeira Cabral, João Paulo Esteves da Silva, Filipa Pais, António Emiliano, os seus irmão Janita e Carlos Salomé, assim como com o Opus Ensemble e o Quarteto Habanero, entre outros.
Com Rui Veloso, Jorge Palma, Tim e João Gil fez o projeto Rio Grande. Antes de gravar em nome próprio, trabalhou com José Afonso, nomeadamente no álbum "Coro dos Tribunais". O primeiro disco de Vitorino, o single "Morra quem não tem amores", foi publicado em 1974.
Os 35 anos de "Semear salsa ao reguinho" foram assinalados com concertos nos coliseus de Lisboa e Porto, em 2011, com a participação de músicos como Jorge Palma, Tim, Carminho e Filipe Raposo, além da Orquestra das Beiras.
"É muito tempo de cantigas, muitas alegrias, algumas tristezas, num destino que se vai cumprindo, festejando a amizade, com a cumplicidade de todos vós", escreve o cantor do Redondo, no convite para o concerto desta noite, em Lisboa. "Quero muito celebrar esta data convosco, para cantarmos e beber um copo à nossa saúde". E conclui: "Até lá, um abraço forte do Vitorino Salomé".
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