Para os mais novos, a programação abre no dia seguinte, com "Não", peça resultante do encontro entre o encenador italiano Giacomo Scalisi e o escritor português Afonso Cruz, que fala da importância da negativa e da recusa, sempre que ela tiver de existir.

Quanto a “Uma Dança das Florestas”, com encenação e dramaturgia de Zia Soares, põe em palco "dois espíritos mortos inquietos, que trazem consigo as feridas de outro tempo e confrontam os seus carrascos num estranho ritual de morte, expiação, desobediência e renascimento", refere o S. Luiz, no texto de apresentação da temporada.

Em “Uma Dança das Florestas”, as personagens o Morto e a Morta, que regressam à vida por ação do deus Aroni, levantam-se das suas sepulturas de terra, no meio da floresta, e pedem àqueles que passam para “aceitarem o seu caso”.

O Morto e a Morta foram marido e mulher, em vida. Ambos possuem feridas de um outro tempo e irão confrontar quatro mortais – Rola, Adenebi, Agboreko e Demoke - que carregam consigo o seu passado, apesar de não manterem a identidade anterior.

Rola é uma prostituta que, na vida anterior, foi Madame Tartaruga, Adenebi é um historiador da corte do império Mata Kharibu, que agora é um orador do conselho, enquanto Agboreko, foi um adivinho do Imperador Mata Kharibu e, nesta vida, mantém a mesma atividade; e Demoke, que foi poeta da corte, é agora escultor.

“Uma Dança das Florestas” estará em cena de 12 a 23 de janeiro, tem tradução de Rita Correia e, na interpretação, vão estar Ana Valentim, Cláudio Silva, Gio Lourenço, Júlio Mesquita, Matamba Joaquim, Miguel Sermão, Rita Cruz e Vera Cruz.

Já para os mais novos, o primeiro espetáculo de 2022 do S. Luiz é “Não”, uma iniciativa pensada para crianças com mais de oito anos que nasceu a partir de um diálogo entre o encenador italiano Giacomo Scalisi e o escritor português Afonso Cruz, sobre os seus livros “Paz traz paz”, “O livro do ano” e ainda alguns textos inéditos do autor de "O pintor debaixo do lava-loiça" e "Nem todas as baleias voam".

“Não” é como um lembrete de coisas importantes, das quais não nos podemos mesmo esquecer. É a história do “sim” que deveria ter sido “não” na qual três mulheres se fundem numa só para nos explicar que os monstros podem mesmo existir – e que ganham forma com as mais pequenas coisas e com os medos mais infundados.

A interpretar e na cocriação de “Não”, que fica em cena de 13 a 16 de janeiro, vão estar Ana Root, Rita Rodrigues e Sofia Moura.

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