Em comunicado, a Fundação de Serralves, no Porto, indicou que a mostra "apresenta, pela primeira vez na Turquia, um núcleo de obras de Joan Miró" da coleção pertencente ao Estado português, "cedida ao Município do Porto e depositada na Fundação de Serralves desde 2017”.
A abrir no dia 26 de setembro e patente até 09 de fevereiro do próximo ano, a exposição “abrange seis décadas do percurso do artista catalão nascido em Barcelona”.
“Debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que Miró começou a desenvolver em meados dos anos 1920, a exposição reúne pinturas, colagens, esculturas, desenhos e tapeçaria do renomado artista”, acrescentou a fundação.
"A Coleção Miró, propriedade do Estado português, cedida ao Município do Porto pelo prazo de 25 anos e em depósito na Fundação de Serralves pelo mesmo período, reúne 85 trabalhos do célebre artista catalão, abrangendo pinturas, desenhos, esculturas, colagens e tapeçarias. Percorrendo seis décadas de atividade artística, de 1924 a 1981, a Coleção toma a natureza física dos suportes e a transformação da linguagem pictórica como fundamentos da obra plástica de Miró, que marcou decisivamente a produção artística do século XX", pode ler-se no 'site' da fundação.
A coleção proveniente do antigo Banco Português de Negócios (ex-BPN) foi classificada em 2020 como de interesse nacional, num despacho que reconheceu a sua lógica, em termos de manifestação da produção artística de Joan Miró, como um "conjunto heterogéneo de criações realizadas ao longo de seis décadas, com recurso a diversos materiais, técnicas e suportes, incluindo, entre outros, óleos, aquarelas, desenhos, colagens e peças escultóricas, representando uma extensa e variada amostragem da obra do artista catalão".
Quando do anúncio das obras na Casa de Serralves, para acolhimento da coleção, a fundação disse que "a Coleção Miró continuará [...] a ser alvo de intensas pesquisa e divulgação, pois o acervo será não apenas apresentado ao público, mas estudado em profundidade".
"Com este objetivo, serão desenvolvidas parcerias com entidades internacionais para a colaboração na organização de novas mostras, mas também para a edição de publicações e programas de pesquisa. Estas atividades decorrerão em paralelo a uma gestão dos pedidos de empréstimo que valorize as parcerias com instituições internacionais e com os imprescindíveis trabalhos de tratamento preventivo e conservação desta coleção ímpar”, acrescentava a fundação.
Antes da Turquia, a coleção já foi apresentada em Lisboa, Pádua e Nápoles.
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