Em declarações aos jornalistas, na terça-feira, na apresentação da chamada Ala Álvaro Siza, a presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho, salientou que o novo edifício é um marco na história da instituição, que vai permitir um aumento de 44% na área de exposição do museu, tendo representado um investimento de 10 milhões de euros, financiado em cerca de quatro milhões por fundos comunitários.
Segundo Ana Pinho, a nova ala dá resposta a duas necessidades da fundação: “O edifício tem três pisos, dois dedicados a exposições, um à coleção de arte contemporânea de Serralves, que estará assim exposta em permanência de forma dinâmica, e um dedicado à área Arquitetura, que é também um eixo fundamental da Fundação de Serralves”
O edifício só vai receber exposições em 2024, abrindo com uma dedicada a peças da coleção permanente da Fundação de Serralves, e outra relativa à arquitetura de Álvaro Siza.
Já para Álvaro Siza, em declarações aos jornalistas na terça-feira, este foi um projeto que “correu muito bem” graças a “uma coisa rara, a continuidade de relacionamento entre um arquiteto e um dono de obra", algo que "nem mesmo com os Papas acontecia”.
O arquiteto, que em colaboração com a Fundação de Serralves projetou em 1999 o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 2019 a Casa do Cinema Manoel de Oliveira e, em 2021, a construção da Casa dos Jardineiros e a recuperação da Casa de Serralves, reconheceu algumas dificuldades, mas que acabaram por se revelar uma ajuda, ao longo do processo.
“Os condicionamentos principais [foram] a localização numa área do Parque [de Serralves] classificada com espécies vegetais protegidas, acesso a partir da atual recepção […] e o acesso alternativo a partir do jardim”, enumerou.
Comentários