No primeiro dia de Super Bock Super Rock no Parque das Nações, 16 de julho, contavam-se pelas mãos os festivaleiros que pareciam minimamente entusiasmados. Mas no final da noite a história foi outra.
Com o desenrolar das horas e ouvindo-se os primeiros acordes dos concertos no Palco EDP, os ânimos exaltavam-se e o recinto começava a dar sinais de vida. Repleto de pessoas das mais variadas faixas etárias - desde os mais jovens iniciantes aos veteraníssimos no rock -, o evento ia escalando da posição complicada em que se encontrava até um lugar satisfatório em comparação a outros anos da sua história.
Muitos dos que se encontravam junto à margem do Tejo clamavam saudades do Meco - uma memória agora tão longínqua. O MEO Arena não é palco principal comparável ao Palco Super Bock de anos anteriores, tanto pelo espaço como pela quantidade de ar respirável. Porém, a organização do evento esforçou-se para nos turvar tão boas memórias, puxando a nossa atenção para eventos variados como a Beer Tour, o Super Bock Flyboard Show e ainda passatempos típicos de festival urbano, como vimos no saltos da lounge da Caixa Geral de Depósitos.
Se o recinto parecia desiludir quem nele se encontrava, os convidados deste ano conseguiram dar um novo rumo ao barco, colocando em êxtase o público em geral. Uns desses convidados foram os The Vaccines, que tomaram conta do Palco Super Bock antes de gigantes como Noel Gallagher's High Flying Birds e Sting. Quando digo que tomaram conta, quero dizê-lo num sentido que roça o literal, porque o grupo britânico tomou o público de tal maneira que este se entregou à banda de alma e coração.
O MEO Arena vibrava e enchia-se de felicidade, força, vitalidade - e tudo o mais que nós levamos para os moshpits. Começaram com "Handsome", o primeiro single a ser lançado do álbum English Graffiti. A setlist passou pelos clássicos (como "Bad Mood", do álbum Come of Age, ou "All in White", de What Did You Expect From The Vaccines?) e terminou com a sempre agradável "Norgaard", deixando o público - eu incluído, que para lá nos moshpits também me encontrava - cansado, mas sempre a ansiar por mais. Noel Gallagher's High Flying Birds vieram satisfazer esse desejo... Algum tempo mais tarde, já com energias recarregadas, a plateia voltou ao ativo num concerto que não ficou aquém de qualquer expectativa que pudesse ter-se.
Para terminar uma noite de gigantes, um senhor, de seu nome Sting, tomou as rédeas da festa. Com um visual diferente daquele a que nos havia acostumado, o ex-The Police "roubou o espectáculo" e obrigou quem dele duvidava a engolir as suas palavras - eu engoli, e de bom grado.
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