“Depois de esgotar em novembro duas das maiores salas nacionais, o Campo Pequeno, em Lisboa, e a Super Bock Arena, no Porto, Rui Veloso, o grande nome da música portuguesa e um dos mais influentes com uma carreira repleta de sucessos que atravessam gerações, volta à estrada e anuncia uma digressão num formato intimista por diversas salas de Portugal, em formato trio de guitarras”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela promotora dos espetáculos.

A digressão arranca a 5 de março, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz.

A 8 de março, Rui Veloso atua no Quartel das Artes, em Oliveira do Bairro a 12 de março no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, a 18 de março no Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, e a 19 de março no Cine Teatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo.

A digressão termina a 8 de abril no Teatro Tivoli, em Lisboa.

Neste “concerto intimista”, Rui Veloso estará acompanhado pelos guitarristas Alexandre Mania e Eduardo Espinho.

Rui Veloso, numa longa parceria com o letrista Carlos Tê, inscreveu várias músicas no repertório do pop rock português e que são facilmente identificáveis pelo público. As primeiras datam dos anos de 1980, quando, com 23 anos, lançou o álbum “Ar de Rock”.

O músico, autodidata na guitarra, nasceu em Lisboa em 1957, viveu no Porto desde criança, mas foi na capital que se lançou na música. A história, já várias vezes contada, diz que foi a mãe de Rui Veloso que, em 1979, levou à editora Valentim de Carvalho uma maqueta com temas em inglês e em português.

Foram os temas em português que agradaram à editora e, no ano seguinte, em 1980, saiu o álbum, que contava com a participação dos músicos Zé Nabo e Ramon Galarza, e com os temas “Chico Fininho”, “Rapariguinha do shopping” e “Sei de uma camponesa”.

Em 2010, quando completou 30 anos de carreira, Rui Veloso contou à agência Lusa a facilidade com que compunha melodias. “Do ‘Ar de Rock’ compus a vir para Lisboa, durante a viagem. Parei, fiz dois ou três temas, por exemplo, ‘Sei de uma camponesa’ e ‘Saiu para a rua’”.

Após “Ar de Rock”, um dos discos que se inserem na consolidação do rock em português nos anos 1980, juntamente com discos de bandas como Xutos & Pontapés, UHF e Rádio Macau, Rui Veloso lançou outros álbuns de sucesso como “Guardador de Margens” (1983) e “Lado Lunar” (1995).

Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Rui Veloso já tocou com músicos como B.B. King, fez parte dos Rio Grande e Cabeças no Ar, editou e lançou os Azeitonas.