“Estamos a avaliar um possível ajuste de datas para chegar mais para o final de maio. O período de maio está a ficar de alta temporada. Talvez já justifique para a cidade [de Lisboa] que [o festival] entre para o final de maio, talvez início de junho”, disse, em entrevista à agência Lusa, a vice-presidente do Rock in Rio.
Sublinhando que esta possibilidade será alvo de “conversas” com a Câmara Municipal de Lisboa, Roberta Medina adiantou que outra das hipóteses é agendar o início dos concertos para mais cedo, já que o último concerto de cada dia nunca começa antes das 23:45.
“A cultura de Lisboa é uma noite muito tarde [os concertos começam muito tarde]. Se olharmos para o norte da Europa, os concertos são todos muito mais cedo. Tem vantagens para as pessoas poderem curtir até mais tarde. Vemos pessoas a ir embora ou porque vieram com crianças e querem sair mais cedo, ou porque trabalham no dia seguinte. Acho que, se começar tudo mais cedo, pode ser positivo, justificou, revelando também que é pretensão da organização do festival “expandir o espaço físico” do recinto, com “novas atividades”.
Questionada sobre que artista gostaria de trazer ao Rock in Rio Lisboa em 2018, Medina foi perentória: Bruno Mars. “É um artista que tivemos em Las Vegas e com um ‘show’ absolutamente envolvente. Seria uma alegria tê-lo em Lisboa e no Brasil”, afirmou.
Sobre a cantora britânica Adele, que este ano atuou em Lisboa nos dois dias seguintes aos primeiros dias do Rock in Rio Lisboa, tudo “depende do espetáculo que tiver para apresentar”: “Ela vai tocar em Glastonbury, este ano, por isso quem sabe se vai estar mais disponível. Aquele é um ‘show’ de arena. Quem sabe se, no futuro, desenha um ‘show’ para festivais”.
Em relação à edição deste ano, Roberta Medina faz uma balanço positivo. Afirma estar “super satisfeita” com o resultado do evento.
“Milhares de pessoas vieram à Bela Vista, saíram daqui contentes com boas histórias para contar. Grandes concertos e todos os palcos lotados. E a eletrónica cheia até tarde, como nunca esteve. O astral de festa que queríamos trazer para a parte da tarde na cidade do rock funcionou”, congratulou-se.
Questionada se o problema técnico registado no concerto de Korn, na sexta-feira, foi o aspeto mais negativo desta edição, Roberta Medina concordou: “Sem dúvida nenhuma”.
A vice-presidente do Rock in Rio afirmou que se tratou de uma “falha” no equipamento da banda. Quanto às cerca de 200 reclamações apresentadas, Medina garante que estas terão “a máximo atenção” e “serão respondidas” nos próximos dias.
“Lamento pelos fãs dos Korn, que ficaram muito frustrados, assim como nós ficámos. Até porque a banda não vinha a Portugal há oito anos”, afirmou.
O Rock in Rio Lisboa termina hoje, no Parque da Bela Vista, com atuações do DJ sueco Avicii e da cantora brasileira Ivete Sangalo, no lugar da norte-americana Ariana Grande, que cancelou a atuação “por motivos de doença”.
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