Em estreia em Portugal, o músico de 24 anos estava visivelmente contente e surpreendido perante uma plateia maioritariamente feminina e adolescente, que o recebeu em histeria e, em alguns casos, em lágrimas.
Em palco, com o sol a bater nos olhos, Charlie Puth mostrou ao piano as canções do único álbum editado, “Nine track mind”. Não faltaram “Marvin Gaye”, “One call away” e “See you again”, que disse ter escrito em dez minutos e que fechou o concerto.
Os temas, em particular estes três, foram recebidos pelos espectadores de braços no ar e telemóveis ligados, como se fossem já extensões naturais das mãos e imprescindíveis para fixar uma memória de tudo.
Charlie Puth também é, aliás, da geração Youtube e ‘smartphone’. Durante o concerto pegou no telemóvel e gravou um curto vídeo partilhado na rede Snapchat e no final ele e a banda fizeram um retrato com o público.
“Há um ano estava no quarto a escrever estas canções e agora estou aqui. Isto é de loucos”, disse o músico, num dos vários contactos com o público. E desdobrou-se em elogios à beleza das portuguesas.
Antes de o sol se por no Parque da Bela Vista, no Palco Vodafone atuaram as espanholas Hinds, a cantora Isaura e o músico B Fachada, com algumas músicas para “ouvir abraçado a um amigo, atrás de uma oliveira ou na zona Vip”, sugeriu.
O músico que diz cantar em “fachadês”, a sua “língua paternal”, reduziu ao mínimo – a ritmos e melodias num sintetizador – canções como “Não pratico habilidades”, “Deus, pátria & família” e “Só te falta seres mulher”. A plateia estava composta.
O Rock in Rio Lisboa termina hoje com as atuações da cantora brasileira Ivete Sangalo, no lugar da norte-americana Ariana Grande – que cancelou o concerto alegando problemas de garganta – e do produtor sueco Avicii.
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