O reconhecido realizador de cinema chileno Nicolás López foi acusado de assédio sexual e de fazer propostas inapropriadas por oito atrizes e modelos que o denunciaram numa reportagem divulgada no sábado (30) por uma revista local.

Também produtor e argumentista, López foi acusado pelas visadas de convocá-las para castings ou reuniões de trabalho na sua produtora ou na sua casa, onde lhes propunha relações sexuais em troca de trabalho.

"Projetou num ecrã um vídeo de uma famosa chilena fazendo sexo com ele. Diante do meu olhar de choque explicou-me que todas as atrizes tinham de fazer esse tipo de coisa para provar que eram boas", denunciou a atriz e jornalista Daniela Ginestar, na revista Sábado, do jornal El Mercurio.

Daniela contou que o realizador, de 35 anos, também se "masturbou" à sua frente.

"Tive a reação de fugir, mas ele disse-me que se eu me chocava com essas coisas então devia dedicar-me a outra coisa", acrescentou.

Outras atrizes acusaram-no de forçá-las a beijá-lo e de fazer propostas sexuais durante festivais de cinema, festas ou até reuniões de trabalho.

"Achei que fôssemos apenas falar de trabalho, mas a situação acabou sendo realmente incómoda. Disse-me, literalmente, se podia agarrar-me o meu peito", contou a atriz e modelo Josefina Montaner, descrevendo uma reunião com López em Santiago do Chile há quatro anos.

Nicolás López negou os factos e garantiu que "há muitas brincadeiras, coisas que alguém disse. Sou solteiro e vivi diferentes situações, mas nenhuma que se possa dizer que seja grave ou criminosa, felizmente".

No seu país, o realizador é conhecido por exemplo pelas comédias "Promedio Rojo" (2004) e "Mis Peores Amigos: Promedio Rojo, El Regreso" (2013). Colaborou também com o realizador norte-americano Eli Roth, a quem produziu "Inferno Canibal" (2013)", dirigiu como ator em "Aftershock" (2012) e escreveu e produziu "Knock Knock - Perigosas Tentações" (2015).