Em comunicado, A Oficina, que representa a parceria em Guimarães, refere que o projeto Caleidoscópio oferecerá uma programação “de referência nacional e internacional”, a partir da sua apresentação em lugares não convencionais.

Em causa, acrescenta, estão não só espaços mais conhecidos, mas também outros lugares “únicos”, numa lógica de criação e oferta cultural a partir do potencial das estruturas culturais endógenas, designadamente o Theatro Gil Vicente (Barcelos), gnration (Braga), Teatro-Cinema (Fafe) e A Oficina (Guimarães).

No Caleidoscópio, a música assume “um papel determinante”, sendo promovidos projetos como a criação de uma “grande banda” com músicos do território, interligando as quatro cidades tanto na sua constituição como nas apresentações ao público, numa ação de capacitação e desenvolvimento de oportunidades a nível local.

“As artes performativas, a produção de pensamento, vídeo, fotografia e artes visuais desenvolvem aqui a relação com o território e o seu envolvimento no processo, também como uma forma de dar relevo e expandir, como ação de comunicação e divulgação, e ainda de extensão a novos públicos ou públicos que estejam impossibilitados de ver as ações ao vivo”, acrescenta o comunicado.

O mesmo texto refere ainda que a programação de ações “visa valorizar e dinamizar os bens culturais e patrimoniais existentes, desafiando as comunidades participantes a realizar percursos improváveis por novos caminhos, novos diálogos, novas formas de olhar, com vista a que o território possa usufruir das criações artísticas mas também criar dinâmicas associadas aos eventos, empoderando os territórios e os artistas”.

A organização acrescentou ter escolhido tanto locais centrais (praças, jardins e monumentos em meio urbano) como locais periféricos (espaços verdes e monumentos nas freguesias), incluindo zonas de proteção de património mundial UNESCO, com classificação de interesse nacional e público, sem, no entanto, especificar quais.

“A definição finalizada dos locais estará dependente do programa de espetáculos e atividades que está em evolução e do desenvolvimento do projeto de acordo com as condições atuais, sendo os mesmos oportunamente comunicados, bem como as respetivas informações alusivas à programação”, salientou a organização, em resposta à Lusa.

O projeto conta com a parceria da Universidade do Minho, que envolve a utilização de espaços informais ao desenhar e construir palcos, desenvolvendo instalações artísticas como elementos do meio urbano.

A face visível deste projeto terá início em finais de agosto, com a duração de um ano, sendo a generalidade da sua programação apresentada ao ar livre e toda ela com bilhetes gratuitos.