Numa mensagem divulgada pela Presidência da República, o chefe de Estado lembrou que o percurso de Titina é repleto de referências emblemáticas de São Vicente e Cabo Verde.

“Estreou-se a cantar para o grande público, aos 12 anos, no saudoso Eden Park. Gravou pela primeira vez nos estúdios da Rádio Barlavento. Em 1970, grava o primeiro EP com arranjos de Paulino Vieira e acompanhamento do grupo Voz de Cabo Verde”, recordou.

O mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana destacou ainda que a sua “grande marca” é a “forma sublime” como interpretava as mornas, coladeiras e marchinhas de carnaval de B.Leza, com quem tinha uma relação fraternal, o que lhe rendeu o apelido carinhoso de “menininha de B.Leza”.

“Sempre esteve ligada à música, com participações em séries e programas de televisão e no teatro, em Portugal, onde residia há décadas. Parte Titina, mas fica a obra magistral de uma grande cantora”, terminou a nota.

A cantora cabo-verdiana Titina Rodrigues, intérprete de mornas e coladeiras, morreu hoje, em Setúbal, Portugal, após doença prolongada, aos 75 anos, informou a Associação Caboverdiana de Lisboa.

Albertina Alice dos Santos Rodrigues Oliveira de Almeida, nasceu no Mindelo, ilha cabo-verdiana de São Vicente, em 1947, e subiu ao palco pela primeira vez com 12 anos.

Exímia intérprete de mornas, cantou vários temas do compositor B.Leza, um dos mais célebres compositores cabo-verdianos – o dia do seu nascimento, 03 de dezembro, é o Dia Nacional da Morna, em Cabo Verde, que chegou a conhecer.

Nos anos 80 do século XX gravou um disco só com temas deste compositor: “Titina canta B.Leza”.

A cantora fez a primeira gravação aos 14 anos, “Estanhadinha”, de Frank Cavaquinho.

Gravou vários discos, participou em espetáculos musicais, teve participações no teatro e televisão portugueses.

Em 2006 foi condecorada pelo Governo de Cabo Verde pela sua contribuição para a cultura do país.