Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência, o chefe de Estado destaca o percurso do ator, que “trabalhou com o TEC [Teatro Experimental de Cascais], participou ativamente nos primeiros anos da Cornucópia, fez algum cinema (com Eduardo Geada, Jorge Silva Melo, Luís Filipe Rocha, Teresa Villaverde, João Canijo, Margarida Gil ou Tiago Guedes, entre outros) e muita televisão (novelas, séries e telefilmes)”.

Considerando que “certos atores, por mais longa e diversificada que tenha sido a sua carreira, ficam para sempre ligados na nossa memória a uma ou outra personagem que interpretaram”, Marcelo Rebelo de Sousa assinala que “não é difícil dizer qual a personagem que todos associamos a Orlando Costa: Zé Gato”.

Orlando Costa
créditos: RTP

Para o chefe de Estado, esta série televisiva foi, “a vários títulos, marcante”.

“Assinalou o lançamento do segundo canal da RTP, teve como coargumentista o escritor Dinis Machado, aventurou-se no registo policial, e trouxe à televisão portuguesa um realismo cinematográfico «sujo» e verosímil ainda hoje raro”, salienta.

Na nota, o Presidente da República refere também que enviou “sentidas condolências” à família de Orlando Costa.

O ator Orlando Costa, que protagonizou a série televisiva “Zé Gato”, morreu hoje em casa, aos 73 anos, confirmou à Lusa fonte da Casa do Artista, em Lisboa.

Orlando Costa nasceu em Braga a 24 de dezembro de 1948 e estreou-se na comédia “Um Chapéu de Palha de Itália”, de Eugéne Labiche, no Teatro Experimental de Cascais, em 1970, numa encenação de Carlos Avilez, com Lígia Telles, Maria de Lourdes Resende e Vítor de Sousa, entre outros, de acordo com a entrada sobre o ator na Infopédia e o registo da peça no site do TEC.

O ator fez parte do núcleo fundador do Teatro da Cornucópia, com Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo, em 1973. Orlando Costa fez também parte da companhia "A Barraca", onde contracenou com Maria do Céu Guerra.

O ator esteve muito ligado a projetos televisivos, tendo participado em séries como “Duarte e Companhia” (RTP), na década de 1980, ao lado de Rui Mendes, António Assunção, Canto e Castro e Paula Mora, “Zé Gato” (RTP), em 1979, que protagonizou, contracenando com Luís Lello, Canto e Castro e Luís Alberto, entre outros.

A sua mais recente participação foi na telenovela “Amor, Amor” (SIC).

O ator fez parte de vários elencos televisivos, desde “A Mala de Cartão” (1988), em que contracenou com a atriz Irene Papas, até “A Morgadinha dos Canaviais” (1990), “Ballet Rose” (1998) e “Capitão Roby” (2000), para além de “Malucos do Riso” (1995), "Super Pai" (2002) e "Inspetor Max" (2004).

No cinema, desempenhou personagens em "A Santa Aliança" (1980), de Eduardo Geada, "Jogo de Mão" (1983), de Monique Rutler, "Amor e Dedinhos de Pé" (1992), de Luís Filipe Rocha, "Três Irmãos" (1994), de Teresa Villaverde, "Sapatos Pretos" (1998), de João Canijo, "O Anjo da Guarda" (1998), de Margarida Gil, "A Filha" (2003), de Solveig Nordlund, ou "Coisa Ruim" (2006), de Tiago Guedes e Frederico Serra, entre outros.

Paralelamente, Orlando Costa escreveu canções para espetáculos e colaborou em álbuns de Júlio Pereira, Fausto e Sérgio Godinho.

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