Os vencedores dos Play – Prémios da Música Portuguesa são anunciados esta quinta-feira, 5 de maio, numa cerimónia no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, que inclui atuações inéditas de, entre outros, Nenny com Ana Moura e Moonspell com Dulce Pontes.
A cerimónia de entrega dos prémios, conduzida por Filomena Cautela, com o apoio de Carolina Torres, tem início às 21:00 e pode ser acompanhada em direto na RTP1, RTP Play e Antena 1.
"Fomos muito mais felizes ao preparar esta gala, sinceramente. Fizemos um exercício de ver todas as atuações das últimas três edições e percebemos a diferença que o público faz. É fantástico sentir o calor do público e, por isso, estamos muito entusiasmados porque estamos a trabalhar para o grande espetáculo que queremos que seja a quarta edição dos Play", frisa Paulo Carvalho, promotor dos Play – Prémios da Música Portuguesa, ao SAPO Mag.
A cerimónia de entrega dos Play volta a contar com a presença de público, sem restrições de lotação. Além dos anúncios dos vencedores das 13 categorias, a noite inclui também nove atuações inéditas.
Nenny e Ana Moura apresentam-se em dueto, os The Black Mamba vão apresentar-se com o guitarrista de jazz André Fernandes e Dino D’Santiago com a banda Monte Cara.
Também em dueto, irão atuar Bárbara Bandeira e Carminho e Paulo Flores e Sara Correia. Ivandro estará em palco acompanhado por “convidados especiais”, os Moonspell vão juntar-se a Dulce Pontes, Gama, Piruka e Jimmy P atuam em trio e Camané vai atuar acompanhado por Agir e pelos coros Ricercare e Coro Ucraniano da Igreja Greco-Católica de Lisboa.
"Um dos objetivos dos Play é quebrar algumas das barreiras que existem na música, nos géneros musicais. E uma das nossas missões tem sido criar conteúdos inéditos através do cruzamento de géneros musicais completamente diferentes. Este ano, por exemplo, vamos ter uma atuação com um tema inédito, que foi criado para os Play - é o caso do Paulo Flores e da Sara Correia que fizeram uma coisa fantástica", adianta o promotor.
"A música portuguesa está unida. Muita gente não tem noção, mas a música foi o sector que só neste momento é que está a regressar à atividade completa. Foram dois anos parados, sobretudo na atividade ao vivo (...) Este regresso simboliza a união que deve haver à volta da música portuguesa", lembra Paulo Carvalho.
Os nomeados
"Conforme cada categoria, há critérios diferentes. Mas temos a ajuda de uma grande empresa de recolha de dados e que nos prepara grandes listas de todos os consumos de música portuguesa durante o ano. A partir daí, a seleção é entregue à Academia, que são cerca de 331 elementos e que fazem as suas escolhas", explica o promotor Paulo Carvalho.
Na cerimónia desta quinta-feira, dia 5 de maio, vão ser anunciados os vencedores de 13 categorias. Para o prémio de Melhor Álbum estão nomeados “70 Voltas ao Sol (Ao Vivo com Orquestra)”, de Jorge Palma, “AuRora”, de Gisela João, “Badiu”, de Dino D'Santiago, e “Recomeçar”, de Tony Carreira.
Gisela João disputa ainda o prémio de Melhor Artista Feminina com Ana Moura, Bárbara Tinoco e Nenny. Já Dino D’Santiago e Tony Carreira estão também na corrida pelo Play de Melhor Artista Masculino, com António Zambujo e Camané.
Este ano, o prémio de Melhor Grupo é disputado pelos Moonspell, Os Quatro e Meia, The Black Mamba e Wet Bed Gang.
Para o prémio Vodafone Canção do Ano, categoria votada pelo público, estão nomeadas “Andorinhas”, de Ana Moura, “Borboletas”, de Gama, “Lote B”, de António Zambujo, “Love is on my side”, de The Black Mamba, “Onde Vais”, de Bárbara Bandeira com Carminho, e “Tequila”, de Nenny. "São as pessoas que decidem e ficámos contentes com esta diversidade. Isto é um excelente resultado... aliás, todos os nomeados são um excelente resultado e, para nós, já são os vencedores", destaca o promotor ao SAPO Mag.
Na categoria de Melhor Álbum Fado competem “Agora", de Teresinha Landeiro, “AuRora", de Gisela João, "Eu Sou", de Fábia Rebordão, e “Horas Vazias", de Camané.
Para o Prémio Lusofonia estão nomeados “Hino à Gratidão”, de Mario Lucio, “Jeito Alegre de Chorar”, de Paulo Flores, “Modo Turbo”, de Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Anitta, e “Nossas Coisas”, de C4 Pedro.
Este ano, na corrida ao Play de Artista Revelação estão Eu.Clides, Ivandro, Luís Trigacheiro e Rita Vian.
Pelo prémio de Melhor Videoclipe competem “Ainda Sinto”, de Diana Lima e T-Rex, realizado por Tiago Plácido, “Andorinhas”, de Ana Moura, realizado por André Caniços, “Blues da Quinta”, de 5.º Punkada, realizado por Casota Collective, e “Nós Pimba”, de Chico da Tina, realizado por Irish Favério.
“Cifras de Viola”, de Tiago Matias, “Debut”, de João Barradas, “João Madureira | Estudos Literários Retratos”, de Ana Telles, e “Portuguese Music for Piano Duo”, de Luís Duarte e Lígia Madeira, são os nomeados ao Play de Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita.
Na categoria de Melhor Álbum Jazz competem “A Tribo”, de Coreto, “Garfo”, de Garfo, “Lumina”, de Pedro Melo Alves’ Omniae Large Ensemble, e “Unlimited Dreams”, de João Lencastre’s Communion.
Nesta edição, foram tidos em conta álbuns e canções editados entre 1 de outubro de 2020 e 31 de dezembro de 2021.
Hoje são ainda anunciados os vencedores dos prémios da Crítica, escolhidos por um painel de dez jornalistas, e Carreira, atribuído pelas direções da Audiogest e da GDA.
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