No documento, datado de quarta-feira, dia da morte do ator e encenador aos 88 anos, refere-se que foi naquele auditório onde se estreou, no dia 18, a última encenação de Carlos Avilez, a peça "Electra".

Os subscritores alegam que Carlos Avilez é “um nome incontornável na história do Teatro Português”.

“Infelizmente o Mestre deixou-nos dia 22 de novembro de 2023, deixando para trás um gigante legado, desde a Companhia do Teatro Experimental de Cascais, à Escola Profissional de Teatro de Cascais, que forma atores todos os anos”, frisam.

"Electra", de Eugene O´Neill, estreada a 18 de novembro no Auditório da Academia das Artes do Estoril, nova casa da Escola Profissional de Teatro de Cascais, é a última encenação de Carlos Avilez e a 177.ª produção da companhia, estando a peça em suspenso até ao fim do mês, devido à morte do encenador.

“Pelos esforços que o Mestre Carlos fez pela cultura em Cascais, e por este Auditório ter sido o lugar da última encenação do mesmo vivo, achamos que deve ser renomeado para ‘Auditório Carlos Avilez’”, lê-se na petição.

Se o auditório receber o nome de Carlos Avilez, o Estoril ficará com “dois teatros/auditórios com nomes de Grandes Lendas do Teatro que trabalharam juntas por muitos anos: Mirita Casimiro e Carlos Avilez”, conclui o documento.

Carlos Vitor Machado, conhecido Carlos Avilez, nasceu em 1935 e estreou-se profissionalmente como ator em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro, onde permaneceu até 1963.

Dois anos depois, em 1965, fundou o Teatro Experimental de Cascais e, em 1993, criou a Escola Profissional de Teatro de Cascais, por onde passaram inúmeros alunos.