“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do escritor António Torrado (1939-2021), poeta, ficcionista, dramaturgo e nome maior da literatura infantojuvenil portuguesa”, lê-se numa nota divulgada pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais.
A governante classificou também o autor como “mestre da língua portuguesa”, destacando o seu sentido de humor e empatia “únicos”.
Para Graça Fonseca, António Torrado “é uma referência incontornável da literatura portuguesa das últimas décadas”, com uma “notável obra” que é testemunho “do valor transformador da imaginação e da fantasia” e da memória, constituindo ainda um repositório da tradição literária portuguesa.
“Através dos seus textos, o passado, o presente e o futuro da literatura portuguesa comunicam permanentemente, numa obra que ensinou muitos a ler e, mais do que isso, a sonhar e acreditar na realidade mágica dos mundos criados a partir das páginas e da tinta”, acrescentou, prestando condolências à família e amigos do autor.
O escritor português António Torrado, autor de mais de uma centena de obras literárias, em particular para a infância, morreu hoje em Lisboa, aos 81 anos, revelou à Lusa o escritor José Jorge Letria.
Segundo José Jorge Letria, que disse ter perdido um amigo de mais de 50 anos, António Torrado morreu em casa, em consequência de doença prolongada.
Poeta e dramaturgo premiado, antigo professor do ensino secundário, António Torrado esteve desde cedo ligado à pedagogia, à produção literária para os mais novos, à recuperação e reinterpretação do conto tradicional e à promoção da leitura.
António Torrado nasceu em Lisboa, em 1939, formou-se em Filosofia em Coimbra e dedicou-se ao ensino na década de 1960, até ser afastado por motivos políticos.
Comentários