“Victory City” é a primeira obra de ficção do escritor britânico Salman Rushdie a ser publicada desde que foi atacado, em agosto do ano passado, quando estava a iniciar uma palestra em Chautauqua, Nova Iorque. O ataque, por um homem de 24 anos que o esfaqueou, deixo Rushdie cego de um olho e com uma mão incapacitada.

Este romance será lançado internacionalmente no dia 07 de fevereiro deste ano, pela Penguin Random House, e chega a Portugal no final do ano pela Dom Quixote, disse à Lusa o grupo editorial Leya.

Trata-se da história de uma mulher que dá origem a um império fantástico, mas que acaba por ser consumida por ele ao longo dos séculos, segundo a sinopse divulgada pela editora.

Na sequência de uma batalha entre dois reinos há muito esquecidos no sul da Índia do século XIV, uma menina de nove anos tem um encontro com uma deusa, que irá mudar o curso da história.

Depois de testemunhar a morte de sua mãe, Pampa Kampana, de luto, torna-se um recetáculo para a deusa Parvati, que começa a falar através da boca da rapariga.

Concedendo-lhe poderes que vão além da compreensão da própria Pampa Kampana, a deusa diz-lhe que ela será fundamental na ascensão de uma grande cidade chamada Bisnaga (“cidade da vitória”), a maravilha do mundo.

Ao longo dos 250 anos seguintes, a vida de Pampa Kampana fica profundamente entrelaçada com a de Bisnaga, desde o seu surgimento, a partir de um saco de sementes mágicas, até à sua trágica ruína, da forma mais humana possível: a arrogância dos que estão no poder.

Incentivando Bisnaga e os seus cidadãos à existência, Pampa Kampana tenta cumprir a tarefa que Parvati lhe atribuiu: dar às mulheres oportunidades de igualdade num mundo patriarcal.

Com o passar dos anos, porém, os governantes vêm e vão, as batalhas são ganhas e perdidas, e as lealdades mudam, o próprio tecido de Bisnaga torna-se uma tapeçaria cada vez mais complexa, com Pampa Kampana no seu centro.

Antes da publicação de “Victory City”, a Dom Quixote vai lançar em fevereiro “Linguagens da Verdade: Ensaios 2003-2020”, o último conjunto de ensaios de Salman Rushdie, editados em 2021 e ainda inéditos em Portugal.

Estes textos oferecem os pontos de vista analíticos do autor sobre a evolução da literatura e da cultura, explorando o que a obra de autores como Shakespeare, Cervantes, Samuel Beckett, Eudora Welty ou Toni Morrison significam para ele, quer na página quer em pessoa.

Rushdie debruça-se também sobre outros temas que lhe são caros como a união entre a arte e a vida, mas também a migração, o multiculturalismo e a censura.

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