Desenvolvido pela Destinature - Agência para o Desenvolvimento do Turismo de Natureza, com sede no Fundão, o projeto conta com financiamento de cerca de 300 mil euros, aprovado pelo concurso para a Programação Cultural em Rede do Centro 2020.

“Vai ser uma grande viagem em dez paisagens deste território da região. Em cada etapa vai haver uma proposta de programação que cruza tanto a vertente da música, de teatro e de artes plásticas, com instalações artísticas em espaço público. A cada etapa haverá cocriação entre um artista e a comunidade local”, afirmou à Lusa o coordenador da Destinature, Miguel Vasco.

Na construção deste mapa, o ponto de partida são histórias e pessoas de cada território, que inspiram concertos, minidocumentários e marcos artísticos.

As criações plásticas estão entregues a Telmo Silva, Pedro Novo, Gustavo Ciríaco, Beatriz Rodrigues, Colectivo Til, Patrick Hubmann, Edgar Costa e Tenório.

O alinhamento musical integra nomes como B Fachada, Lula Pena, Samuel Úria, Catraia, Tó Trips, Danças Ocultas, Cabrita, Omiri ou Criatura.

Há ainda cruzamentos entre grupos locais e músicos de outras paragens. Paul Johnson + Comunidade de Maçãs de Dona Maria, Dada Garbeck + Associação Raiz de Trinta, Cabrita + André Louro, Ricardo Martins + Grupo de Bombos de Lavacolhos ou Lavoisier + Filarmónica da Bendada são algumas das “adições” propostas, refere uma nota enviada à agência Lusa.

O festival arranca no dia 26, em Alvaiázere, no distrito de Leiria, com atividades até dia 01 de agosto. Na semana seguinte (2 a 8 de agosto), “mapas: Natureza” segue viagem até à Serra da Estrela.

O percurso inclui ainda Serra da Lousã (16 a 22 de agosto), Geopark Naturtejo (23 a 29 de agosto), Vouga – Caramulo (30 agosto a 5 de setembro), Açor (6 a 12 de setembro), Serra d’Aire e Candeeiros (13 a 19 de setembro), Serra da Malcata (27 de setembro a 3 de outubro), Vale do Côa (4 a 10 de outubro) e Serra da Gardunha (11 a 17 de outubro).

Ao todo, há mais de 50 artistas envolvidos, da música às artes plásticas, neste programa que propõe encontros entre a natureza, as comunidades e as artes.

“É um diálogo que vamos construir com o que existe no nosso território. Além disso, vamos proporcionar o retomar de alguns laços de convívio social, com as devidas distâncias que os espaços ao ar livre permitem, e aí juntamos toda uma dimensão de caminhada com momentos de criação artística e de propostas culturais. Será uma oportunidade de imersão na natureza para despertar os sentidos”, destacou Miguel Vasco.

Em pandemia, “mapas: Natureza” convida a “trocar as paredes, que passaram a estar mais presentes no dia-a-dia”, por “paisagens, em segurança, onde até se poderá realizar um piquenique comunitário em cada etapa”.

Do olhar sobre quem vive nestes territórios, vão também nascer trabalhos de fotografia e 40 pequenos documentários - quatro por etapa - sobre “pessoas que são ou podem ser excelentes embaixadores destes sítios por onde vamos passar”, revelou.

Esse exercício vai evitar “os embaixadores institucionais”, preferindo “a pessoa que tem história de vida e memórias interessantes para partilhar”, não apenas “os idosos que estão nas aldeias”, mas também “os novos habitantes do interior”, sobre os quais importa guardar “memória deste processo de diálogo que se quer construir também para o futuro”.

Miguel Vasco considera que a viagem pelos dez territórios poderá permitir “a descoberta de base comum”.

“Muitos dos problemas, motivações ou sonhos que as pessoas das serras de Aire e Candeeiros têm estão alinhados com os que têm os do Vale do Côa”, concluiu.

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