O encerramento do museu, entre o próximo dia 20 e o dia 11 de abril, visa “garantir o cumprimento das medidas de segurança”, divulgou a DRCC em comunicado.
Segundo a DRCC, a requalificação, com um custo de 410.471,96 euros, “irá assegurar diferentes intervenções com vista a corrigir fragilidades identificadas e também modernizar as estruturas necessárias”.
A obra, incluída no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevê também a correção de falhas na cobertura e no sistema de drenagem de águas pluviais, responsáveis por infiltrações que põem em causa a conservação do acervo.
Está igualmente prevista a conservação e desinfestação preventiva dos materiais da reserva do museu, bem como a substituição dos painéis de policarbonato da cobertura e substituição dos revestimentos em telha cerâmica por outros em chapa de zinco.
Por último, será ainda instalada rede de ‘wi-fi’ e algumas soluções de interatividade, como a criação de uma visita virtual e a digitalização de 1.546 peças de acerco, em ‘2D’ e ‘3D’, que passarão a estar disponíveis ao público.
A obra foi iniciada em outubro de 2022 com o prazo de execução de dez meses, informou na altura a DRCC.
O museu José Malhoa, localizado no Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, alberga o maior núcleo reunido de obras do seu patrono e uma importante coleção de pintura e de escultura dos séculos XIX e XX, assumindo-se como o museu do naturalismo português.
A coleção ultrapassa os limites do edifício, incluindo uma exposição de esculturas no Parque D. Carlos I, com trabalhos de vários artistas e gerações, como Leopoldo de Almeida, Leonor de Albuquerque Bettencourt e João Fragoso.
Destacando-se por ter sido o primeiro edifício a ser projetado para fins museológicos em Portugal, o museu, cujo primeiro projeto arquitetónico data de 1940 (da autoria dos arquitetos Paulino Montês e Eugênio Correia), está classificado como imóvel de interesse público desde 2002.
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