
William Klein, que vivia em França há várias décadas, "revolucionou a fotografia com imagens fortes que traduziram uma certa febrilidade e violência das cidades, ao longo de uma longa carreira igualmente consagrada à moda e ao cinema", escreveu a AFP.
Nascido em Nova Iorque, em 1926, William Klein estudou na Sorbonne, em Paris, e começou por se dedicar à pintura, escultura e arte cinética, antes de se interessar por fotografia, mais ensaística e experimental, até chamar a atenção do editor Alexander Liberman, da revista norte-americana Vogue.
Ao mesmo tempo que fez fotografia de moda, William Klein também trabalhou em fotografia de rua, captando a essência de cidades como Roma, Tóquio, Moscovo e Nova Iorque.

A morte de William Klein é anunciada no dia em que encerra uma exposição antológica de mais de 60 anos de carreira no Centro Internacional de Fotografia, em Nova Iorque, revelando um artista pautado pela liberdade e que evitava a especialização, sublinhou esta instituição.
Artista multifacetado, William Klein fotografou muitas personalidades do meio artístico, de Serge Gainsbourg a Audrey Hepburn, trabalhou em publicidade e cinema, sobretudo documentário, retratando personalidades como Muhammed Ali e Little Richard, e alguma ficção, como as sátiras "Who are you, Polly Maggoo?" (1966) e "Mr. Freedom" (1969).
A propósito daquela exposição antológica em Nova Iorque, o jornal The New York Times recordava que William Klein foi um artista "amplamente inovador e influente", que desprezou as convenções e as técnicas da fotografia.
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