Maria da Graça Carmona e Costa "destacou-se pelo papel determinante que desempenhou como galerista e colecionadora, promovendo uma contínua atividade filantrópica", escreveu Pedro Adão e Silva, numa mensagem publicada na página oficial do Ministério da Cultura, na rede social X.

O ministro da Cultura recorda o "estímulo inestimável ao trabalho de sucessivas gerações de artistas", dado pela mecenas, "através de bolsas de formação, exposições e prémios", sublinhando a criação da Fundação Carmona e Costa, em 1997, que hoje reúne um dos maiores acervos de arte contemporânea portuguesa.

"A grande exposição que está neste momento patente no MAAT [Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia] e na Fundação Carmona e Costa revela bem a sua paixão pela criação artística, a sua curiosidade permanente e o seu autêntico talento de colecionadora", conclui Adão e Silva.

A colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, uma das maiores mecenas privadas do país, morreu hoje, em Lisboa, cidade onde nasceu há 90 anos.

Em 2018, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural, reconhecendo o "inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos", ao longo de décadas.

Apaixonada pelas artes plásticas, Maria da Graça Carmona e Costa contactou, nos anos 1970, com destacadas personalidades da arte portuguesa como Almada Negreiros, José Augusto-França e o crítico Rui Mário Gonçalves, iniciando a sua atividade na Galeria Quadrum, em Lisboa, um dos espaços mais importantes das artes visuais desse período.

No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, a que se sucedeu, em 1997, a Fundação Carmona e Costa, com a finalidade de dinamizar iniciativas de arte contemporânea portuguesa, como exposições, conferências, edição de livros e catálogos.

Em 2000, a fundação iniciou um programa de apoio à arte contemporânea em Portugal, promovendo a Bolsa Fulbright/Fundação Carmona e Costa e a Bolsa de Estudos destinada a alunos do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual de Lisboa.

Em outubro de 2023, o MAAT inaugurou a exposição "Álbum de Família – Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", que pela primeira vez é apresentada ao público "de modo sistemático", com curadoria de João Pinharanda.

Organizada em três momentos, a primeira parte da mostra fica patente até 01 de abril, no MAAT. Na Fundação Carmona e Costa são apresentadas duas exposições sucessivas: a segunda, inaugurada em outubro de 2023, fica patente até ao final deste mês, e a terceira, de janeiro a março deste ano.

A coleção, indica a página 'online' do MAAT, "dá conta não apenas do gosto pessoal mas também de parte significativa da própria história da arte portuguesa nas últimas décadas."

Personalidade incomparável da arte em Portugal

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, considera Maria da Graça Carmona e Costa uma "personalidade incomparável da arte no nosso país", numa reação à morte da galerista e mecenas, que ocorreu hoje, em Lisboa.

Maria da Graça Carmona e Costa "destacou-se pelo papel determinante que desempenhou como galerista e colecionadora, promovendo uma contínua atividade filantrópica", escreveu Pedro Adão e Silva, numa mensagem publicada na página oficial do Ministério da Cultura, na rede social X.

O ministro da Cultura recorda o "estímulo inestimável ao trabalho de sucessivas gerações de artistas", dado pela mecenas, "através de bolsas de formação, exposições e prémios", sublinhando a criação da Fundação Carmona e Costa, em 1997, que hoje reúne um dos maiores acervos de arte contemporânea portuguesa.

"A grande exposição que está neste momento patente no MAAT [Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia] e na Fundação Carmona e Costa revela bem a sua paixão pela criação artística, a sua curiosidade permanente e o seu autêntico talento de colecionadora", conclui Adão e Silva.