Larry King, premiado apresentador de televisão e rádio que se tornou um rosto familiar com o seu programa na CNN, o "Larry King Live", morreu na manhã deste sábado, dia 23 de janeiro, aos 87 anos. A notícia foi confirmada nas redes sociais do norte-americano.

O apresentador e célebre entrevistador da televisão norte-americana estava internado devido a complicações relacionadas com a COVID-19.

"Com profunda tristeza, Ora Media anuncia a morte de nosso cofundador, apresentador e amigo Larry King, que faleceu esta manhã aos 87 anos no Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles", pode ler-se no comunicado partilhado nas redes sociais. "As muitas centenas de entrevistas de Larry, os prémio e o reconhecimento mundial são testemunho do seu singular e eterno talento como apresentador", recorda a agência Ora Media (empresa de produção audiovisual que o próprio criou).

"Quer estivesse a entrevistar um Presidente dos EUA, líder estrangeiro, celebridade, personagem cheia de escândalos, ou um homem comum, Larry gostava de fazer perguntas curtas, diretas e descomplicadas. Ele acreditava que as perguntas concisas geralmente davam melhores respostas, e não estava errado nessa crença", frisa o comunicado.

Larry King enfrentou vários problemas de saúde que acabou por ultrapassar nos últimos anos. O apresentador sofreu um ataque cardíaco, um AVC e teve cancro da próstata e do pulmão.

No último ano, passou pela perda de dois dos seus filhos: Andy, de 65 anos, morreu em julho vítima de ataque cardíaco, e Chaia, de 52, morreu no mês seguinte depois de uma batalha contra um cancro no pulmão.

Larry King foi uma das mais célebres personalidades da televisão norte-americana, porventura o seu mais célebre entrevistador, com uma longa carreira na CNN e presença como colunista no USA Today.

Morreu Larry King, ícone da televisão norte-americana

A estrela da televisão começou a sua carreira nos 1950, como jornalista e DJ em Miami, antes começar a sua aventura como apresentador, entrevistador e locutor. O jornalista e radialista ganhou reconhecimento nacional com o programa de rádio "The Larry King Show", que começou a apresentar em 1978.

Hábil em entrevistar celebridades, políticos, presidentes, comentadores ou jornalistas, Larry King conversou até 2010 com centenas de personalidades no seu programa na CNN - presidentes dos Estados Unidos, Vladimir Putin, Frank Zappa e Prince foram só algumas das personalidades entrevistadas pelo apresentador.

Segundo a revista People, Larry King fez cerca de 40 mil entrevistas durante a sua carreira. Frank Sinatra, em 1988, Ross Perot, em 1992 e 1993, Bill Clinton, em 1994, Marlon Brando (1994), Paul McCartney e Ringo Starr (2007), Jerry Seinfeld (2007), Tammy Fay Messner (2007), Muhammad Ali (data não confirmada), Lady Gaga (2010) e Vladimir Putin, em 2000 e 2010 foram consideradas as entrevistas mais marcantes da carreira do apresentador pela publicação.

Recorde algumas das entrevistas:

"Uma entrevista é uma entrevista. É basicamente quem, o quê, onde, quando e porquê. Embora seja um lugar para nos sentarmos com o primeiro-ministro de Inglaterra ou o presidente de um país, ainda é: 'porque é que faz o que faz? Como se sente sobre o que faz? O que acha do que está a acontecer no mundo?'", frisou em entrevista à Television Academy .

Ao longo da carreira, venceu dois prémios Peabody e um Emmy. De 2012 até 2020, apresentou o programa "Larry King Now", emitido na Hulu e no RT America.

No ano passado, Larry King apresentou o seu talk show "Larry King Now", participou em "Extra", de "Maxxx" e em dois especiais de TV, além de ter produzido quatro episódios da série "In Case You Didn't Know with Nick Nanton".

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