Intituladas “A menina sem estrela”, nesta ficção da memória, o escritor, que foi autor de teatro, contos e romances, traça o seu percurso desde o dia 23 de agosto de 1912, quando nasceu na cidade brasileira de Recife, no Estado de Pernambuco.

Segundo Nelson Rodrigues, “não há pior degradação do que viver pelo hábito de viver, pelo desespero de viver”.

A dado passo destas memórias, o escritor afirma: “Sempre achei e, o que é pior, ainda acho que cada um de nós tem, na vida, três seres decisivos. Se um deles morre, não devemos sobreviver, eis a verdade, não devemos sobreviver”.

As memórias do escritor são publicadas depois de a Tinta da China ter dado à estampa os contos “A vida como ela é…” e o livro de crónicas “O homem fatal”. Segundo a editora portuguesa “é através destas memórias que chegamos aos nervos e ao coração de um dos mais talentosos e polémicos escritores do século XX”.