De acordo com dados disponibilizados pela Gfk, entidade independente que faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano, entre janeiro e março de 2023, foram vendidos mais de 2,8 milhões de livros em Portugal (2.804.879), o que representou um encaixe de 39.314.512 euros.
Em termos de vendas, estes 39,3 milhões de euros representam um acréscimo financeiro de mais de 12,6% face ao primeiro trimestre de 2022.
Para tal terá contribuído igualmente o preço médio do livro, que subiu 4%, para os 14,02 euros.
Nestes primeiros três meses do ano, entraram em circulação no mercado 2.419 novos livros, menos 214 do que no ano passado.
Relativamente aos pontos de venda, 70,03% dos livros vendidos no primeiro trimestre foram escoados por livrarias, enquanto 29,7% foram vendidos por hipermercados. Isto reflete-se igualmente nos valores de venda, já que 80,2% do total (31,5 milhões de euros) foram para as livrarias e 19,8% (7,8 milhões de euros) para os hipermercados.
Os dados relativos a este primeiro trimestre revelam um ligeiro aumento da procura de livros em livrarias, em detrimento dos hipermercados, quando comparados com o período homólogo de 2022.
Por categoria, o género mais procurado foi o infantojuvenil, com um peso médio de 33,6% no total das vendas, um preço médio de 10,67 euros por livro e um valor apurado correspondente a 25,6% do total.
Em segundo lugar, surgem os livros de não ficção (33,3%), a um preço médio de 16,86 euros, correspondendo a 40,1% do valor total angariado.
Seguem-se os livros de ficção, cujas vendas representaram 29,2% do total e contribuíram em 33,3% para o encaixe financeiro total. O preço médio a que estes livros foram vendidos foi de 15,95 euros.
O género menos representativo é o das campanhas/exclusivos, que contribuíram com 3,9% em número de unidades vendidas, com 1,1% do valor final apurado, tendo o preço médio destas publicações rondado os 3,91 euros.
Segundo dados anteriores da Gfk, o mercado livreiro em Portugal tem vindo a demonstrar uma tendência crescente desde 2021, depois de uma quebra abrupta verificada em 2020, devido à pandemia.
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