Os advogados de Bill Cosby começaram nesta quarta-feira o segundo dia de debates num tribunal da Pensilvânia para exigir a anulação do processo contra o famoso comediante acusado de agressão sexual.
O ator de 78 anos foi acusado a 30 de dezembro de agressão sexual agravada por fatos que remontam ao início de 2004 e que teriam afetado Andrea Constand, uma ex-funcionária da Universidade de Temple, na Pensilvânia.
Após ser denunciado pela jovem numa instância civil, Cosby concordou em dar o seu depoimento antes de alcançar um acordo financeiro com Andrea Constand em 2005.
O juiz Steven O'Neill não aceitou a linha de argumentação da defesa, que pedia a anulação das acusações criminais contra ele por supostamente violar aquele compromisso.
No depoimento, Cosby reconheceu que deu um comprimido a Constand e que depois lhe acariciou o peito e a apalpou. Afirmou, contudo, que a relação foi consensual e que a jovem jamais se opôs ao ato.
A substância das deliberações desta quarta-feira, assim como da terça, refere-se à natureza exata do acordo entre o ex-promotor do condado de Montgomery (Pensilvânia) Bruce Castor, e as partes, que contemplava que Bill Cosby não seria acusado criminalmente.
O promotor atual, Kevin Steele, acredita que não está vinculado por esse compromisso, que nunca foi formalizado por escrito, à margem de um comunicado de imprensa.
O juiz O'Neill mostrou-se surpreendido durante a audiência de terça-feira pelo facto de o acordo não ter sido transcrito.
O principal assessor jurídico Cosby, John Schmitt, chamado como testemunha, disse nesta quarta-feira que o ator nunca teria concordado em depor se não tivesse a certeza de que um processo criminal não seria movido contra ele.
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