Depois de sete dias de festa, a Cidade do Rock do Rio de Janeiro fechou portas. Este domingo, dia 6 de outubro, o Palco Mundo do Rock in Rio Brasil recebeu os Paralamas do Sucesso, Nickelback, Imagine Dragons e Muse. Já o Palco Sunset contou com concertos de Lulu Santos com Silva, Melim com Carolina Deslandes e de O Terno com os Capitão Fausto.

No último dia do festival, Muse e Imagine Dragons dividiram protagonismo. A banda de Dan Reynolds foi a primeira a subir a palco, às 22h20, e conquistou a multidão com um alinhamento repleto de sucessos.

Ao longo de quase duas horas, os Imagine Dragons ofereceram tudo aquilo que os fãs esperavam, carimbando os intervalos entre as canções com discursos positivos sobre igualdade e superação.

No arranque do concerto, o vocalista Dan Reynolds falou sobre a relação com o Brasil, relembrando que o seu pai viveu no Rio de Janeiro durante dois anos: "O meu pai mostrou-me a paixão pelo Brasil. E, sempre que há um jogo de futebol, torcemos pelo Brasil. Há sempre guaraná no frigorífico. Éramos uma típica família branca norte-americana que fingia ser brasileira", confessou.

Durante as conversas com o público, Dan Reynolds lembrou ainda que enfrentou uma depressão. "Fui diagnosticado com depressão e ansiedade, sentado numa cadeira de um psiquiatra. Isso não me fez mais fraco. (...) Muitos passam pelo mesmo e digo-vos: as vossas vidas valem sempre a pena ser vividas", frisou.

"Demons", "Natural", "Bad Liar", "Believer", "Thunder", "Demons" e "Radioactive" foram alguns dos temas mais celebrados pelas 100 mil pessoas, que cantaram do início ao fim todos os versos, provando que os números do Spotify não enganam - os Imagine Dragons são a banda de rock mais ouvida no Brasil e no mundo, segundo o serviço de streaming

O mundo futurista dos Muse

Já os Muse tiveram a missão de fechar a edição de 2019 do Rock in Rio Brasil. A banda britânica subiu a palco à meia-noite e quarenta e transportou a Cidade do Rock do Rio de Janeiro para um universo futurista.

MUSE

No festival, o grupo apresentou o espetáculo da digressão  "Simulation Theory", disco de 2018 sobre algoritmos e realidade virtual. O grande destaque foi a aposta no visual do espetáculo, com toques de ficção científica.

O alinhamento também conquistou os milhares de fãs do grupo. "Madness", "Uprising", "Plug in baby", "Hysteria" e, no fecho, "Knights of Cydonia" foram os temas mais abraçados pelo público.

Sempre expansivo, Matt Bellamy não desiludiu os fãs com os seus malabarismos vocais e garantiu mais um concerto delirante dos Muse no Rock in Rio.

Ao longo de sete dias, o Rock in Rio Brasil recebeu mais de 700 mil pessoas. A Cidade do Rock do Rio de Janeiro volta a abrir portas em 2021.