Junto às portas do recinto com cerca 8.000 metros quadrados, montado no areal da Praia da Rocha, considerada um ex-líbris de Portimão, eram centenas os amantes do afrobeat que, pelas 18h30, aguardavam para entrarem no espaço onde mais de três mil assistiam ao concerto de Midas The Jagaban.

A segunda edição do evento, que ‘nasceu’ em 2019, em Portimão, tem como cabeças de cartaz alguns dos maiores nomes daquele estilo musical, nomeadamente os norte-americanos Megan Thee Stallion e Chris Brown e os nigerianos Bruna Boy, Davido, Wizkid e P-Square.

A organização estima em cerca de 40 mil as presenças em cada um dos três dias do Afro Nation, a maioria estrangeiros vindos especificamente para o evento, estimando que o festival tenha um impacto direto na economia local de cerca de 96 milhões de euros.

Em declarações à Lusa, Tiago Castelo Branco, diretor executivo da MOT, empresa parceira na organização, apontou o evento "como único no género na Europa, direcionado para um público com grande capacidade financeira, a maioria com origem no Reino Unido, e que começa a ser já uma referência ao nível dos festivais".

"É um público específico, com grande poder económico, como se pode constatar pela elevada presença apesar do custo elevado dos ingressos, que não está ao alcance da maioria do povo português", notou, acrescentando que os bilhetes custam entre os 100 aos 13.000 euros.

Junto a um dos acessos, a britânica Kira, de 26 anos, disse à reportagem da Lusa que está pela segunda vez no Algarve, “atraída pelo Afro Nation, não só pela música, mas para um convívio com um grupo de 12 amigas, todas do Reino Unido”.

“Gostamos da música, da praia e do ambiente que encontramos aqui no Algarve, que espero que se repita como da primeira vez, há dois anos”, vaticinou.

Kira e o grupo que a acompanha, que vieram por seis dias para o Algarve, apontam Chris Brown, Burna Boy e Megan Thee Stallion, como os seus “ídolos preferidos no evento em Portugal”.

“Temos preferência por estes artistas, mas vamos assistir a todos os concertos nos três dias, porque gostamos de boa música. Queremos também desfrutar da praia e deste bom tempo do Algarve”, apontou Kira, destacando a temperatura a rondar os 30 graus centígrados que se registavam ao final da tarde.

Já dentro do recinto, o germânico Carlsson acompanhado pela namorada britânica Elaine, disse à Lusa que “veio arrastado para o festival pela sua companheira, ela, sim, ‘doida' por afrobeat”.

“Não é das minhas preferências, mas como a minha namorada gosta, aproveitámos para fazer umas míni férias de cinco dias, coisa que não conseguíamos fazer há dois anos”, referiu Carlsson.

Para Elaine, de descendência nigeriana, “o festival serviu de pretexto para as férias”, referindo que apenas irá assistir aos concertos das suas bandas preferidas.

“Não vamos estar todo o tempo concentrados no palco, pois queremos aproveitar e viver outros momentos”, avançou.

Todos eles apontaram a pandemia da COVID-19 “como uma ameaça constante e mundial", com a qual “todos teremos de conviver no futuro, sem que as vidas sejam condicionadas, como sucedeu”.

Carlsson admitiu ter ainda algum receio das grandes concentrações de pessoas, “embora o contágio possa ser feito em casa, apenas em família”.

“Há receio da COVID como existe de qualquer outra doença. Vamos ser positivos e acreditar que vai correr tudo bem”, destacou.

Chris Brown e Wizkid vão estão em destaque este sábado, dia que tem também agendadas atuações de Shasimone, Innoss’b, The Compozeres, R2bees, Patoranking, Dadju, Naira Marley e Popcan.

Bruna Boy encerra a edição deste ano do Afro Nation, no domingo, depois das atuações de Megan Thee Stallion, Black Sherif, Buju, Calema, King Promise, Diamond Platnumz, Shenseea e Beenie Man.

O Afro Nation abre as portas diariamente às 17h15 estando o último concerto marcado para as 00h00.

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