A presença de “mais de 20 mil visitantes” nas 205 atividades que marcaram o programa do Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos “ultrapassou largamente as expectativas”, disse à Lusa a vereadora da Cultura na Câmara, Margarida Reis, considerando que o evento fechou portas no domingo com “um balanço extremamente positivo”.

O festival, que marcou o regresso dos eventos presenciais à vila do distrito de Leiria, decorreu entre os dias 14 e 24, totalizando 279 horas de programação ao longo das quais foram realizadas 205 atividades que integraram o programa, dividido em cinco áreas: Autores, Folia, Ilustra, Educa e FolioMais.

Os dados revelados hoje pela autarquia, organizadora do festival, dão ainda nota de 469 participantes, entre escritores, ilustradores, músicos, artistas plásticos, moderadores, editores envolvidos nas atividades que ao longo de 11 dias aconteceram em museus, igrejas, livrarias, auditórios, jardins, escolas e numa tenda instalada na praça de Santa Maria.

Ao festival estiveram ainda afetos diariamente meia centena de trabalhadores da autarquia e de entidades parceiras do evento que nesta edição teve representados 16 países.

“É um orgulho verificar que no primeiro evento pós-pandemia, em Óbidos, todas as mesas de autor, concertos, lançamentos de livros, estiveram sempre cheios de público”, afirmou José Pinho, curador do Folio Mais e fundador da livraria Ler Devagar.

José Pinho destaca ainda, nesta edição, “um aumento das vendas de livros de cerca de 30%, comparativamente à última”, realizada em 2019, face à “notoriedade que o festival tem vindo a ganhar internacionalmente, e ao interesse de outros festivais internacionais se deslocarem a Óbidos para participar no Folio”.

Entre as perspetivas de crescimento está a "diversificação dos países participantes, com mais autores de países europeus", mas também "o alargamento do Folio Educa à participação de escolas de toda a região", disse.

A edição 2022 tem já data marcada, entre os dias 6 e 16 de outubro e terá como tema “Poder”, anunciou José Pinho no domingo, no encerramento do festival.

O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.

Palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas entre escritores e leitores, o Folio passou no ano seguinte a ser suportado pela autarquia que, para esta edição, destinou um orçamento de 256 mil euros.

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