A primeira edição do Sónar Lisboa, apresentada hoje em conferência de imprensa, está marcada para os dias 8, 9 e 10 de abril de 2022, e irá decorrer em vários locais da cidade.

Embora os locais não estejam todos fechados, um dos organizadores, João Menezes, anunciou que o festival irá dividir-se entre o Hub Criativo do Beato, o Coliseu dos Recreios, o Pavilhão Carlos Lopes, o Pavilhão do Rio do Centro do Congressos de Lisboa, e a Sónar Village, a ser criada na zona do antigo terminal de Santos, junto ao rio.

João Menezes apresentou o Sónar como “um dos eventos europeus mais importantes do ponto de vista experimental”.

O Sónar Lisboa, explicou, “assenta em três vetores: música eletrónica e experiências audiovisuais, arte digital e conversas sobre o futuro e a sustentabilidade”.

“É um festival de três dias com programação noturna assente em música eletrónica e experiências audiovisuais, e programação diurna com conversas sobre sustentabilidade”, afirmou, acrescentando que a programação da primeira edição será anunciada em setembro.

O promotor Enric Palau, cofundador do Sónar, garantiu que a ideia “não é replicar” o que acontece em Barcelona desde 1994, e onde “os Buraka Som Sistema atuaram várias vezes”. “Queremos dar um sabor de Lisboa ao evento”, algo que passa pela “ligação com os criadores e coletivos da cidade”, afirmou, garantindo que a ideia é “ficar em Lisboa muito tempo”.

A curadora artística do festival, Antonia Folguera, desvendou mais sobre o Sónar D+, “a conferência de tecnologias criativas, que acontece em paralelo e dentro do festival”, e tem edições em Istambul e Hong Kong, também chega em 2022 a Lisboa.

“É um sítio para ideias, pensamento, curiosidade e imaginação, para aprender, um evento ‘anti-disciplinar’, em que as disciplinas se cruzam. Lisboa tem uma ótima comunidade criativa e cada cidade traz a sua personalidade ao Sónar D+”, disse.

João Menezes explicou que trazer o Sónar para Lisboa “foi um sonho que nasceu no período pré-pandemia”, e a ideia inicial era realizar a primeira edição já em outubro deste ano, mas acabou por ficar agendada para abril de 2022.

Na primeira edição do Sónar Lisboa, a organização pretende “proporcionar uma experiência única a cerca de 25 mil pessoas”.

Os primeiros 500 bilhetes estão à venda a partir de hoje, e custam 95 euros.

Na conferência de imprensa de hoje, marcaram também presença a ministra da Cultura, Graça Fonseca, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vez Pinto.

Graça Fonseca começou por dar “parabéns à organização pela coragem para manter um projeto” como o Sónar Lisboa, contando estar “muito feliz” com isso, “porque é sinal de apontar para o futuro”.

“Está tudo certo neste projeto: não tem fronteiras, não tem símbolos, é transdisciplinar, atravessa todas as áreas artísticas, não fica encerrado na Cultura e coloca-a com o papel de transformação do mundo”, afirmou, partilhando que espera em 2022, “estar a dançar” no Sónar Lisboa.

A edição deste ano do Sónar em Barcelona foi adiada para junho de 2022, e o cartaz inclui, entre outros, Chemical Brothers, Arca, Princess Nokia e The Blaze.