Organizado pela escola de dança Lugar Presente, este festival, que se realizará pelo terceiro ano, permitirá o intercâmbio de experiências e a ligação do mundo académico ao profissional.

Em conferência de imprensa, o diretor de produção do festival, Albino Moura, explicou que, em resposta a um concurso internacional, chegaram a Viseu 72 candidaturas de jovens coreógrafos (12 das quais portuguesas) de 20 países.

“Tivemos muita dificuldade em escolher as seis primeiras obras. Foi muito complicado porque a qualidade das obras que nos chegaram era muito boa”, contou o responsável, acrescentando que, se houvesse condições financeiras e de espaço, este ano poderiam ser apresentadas entre 12 e 15 primeiras obras em Viseu.

Das seis escolhidas para serem mostradas durante a terceira edição do Lugar Futuro, uma foi criada pela jovem coreógrafa portuguesa Maria Abrantes e intitula-se “Uma água por favor”.

Segundo Albino Moura, esta criação, que será apresentada no dia 19, no Teatro Viriato, tem “uma dinâmica muito particular, que inclui a participação de música ao vivo” do DJ João Sánchez.

“Topophilia”, de Chen Nadler (Finlândia/Israel), “How to just another boléro”, de Emanuele Rosa e Maria Focaraccio (Itália), “Oblivion”, de Silvia Batet, e “In-side”, de Lúcia Montes e Mado Dallery (Espanha), e “Prunelle Bry”, de Piece de Poche (Suíça), são as restantes primeiras obras a apresentar durante o festival.

Albino Moura avançou que uma das novidades desta edição é a parceria com o Cine Clube de Viseu, com a apresentação do documentário “Um corpo que dança”, de Marco Martins, sobre o Ballet Gulbenkian.

“Esta parceria pretende iniciar uma nova vertente no festival ligada à dança na sua vertente do vídeo e do filme”, explicou.

Outra novidade é, de acordo com o responsável, a possibilidade de alguns dos espetáculos decorrerem no Teatro Viriato, o que permitirá que “agrupamentos um bocadinho maiores, com mais elementos, possam apresentar-se”.

“Isso vai acontecer no dia 19, com uma programação que inclui a escola convidada da Bélgica” e a apresentação de algumas das primeiras obras selecionadas no concurso internacional, acrescentou.

Esta edição terá também como convidada a Academia de Dança de Alcobaça que, no dia 20, mostrará as peças “Voices within”, de Luís Sousa, e “Lost”, de Rita Abreu.

No âmbito de um protocolo celebrado em julho com a Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa, o festival conseguirá não só a troca de experiências entre os alunos do secundário e os artistas profissionais, mas também com alunos do ensino superior.

“O protocolo prevê a residência de alunos da Escola Superior de Dança durante uma semana em Viseu e nós este ano conseguimos fazê-la coincidir com a semana do festival. Desta forma, faremos também a apresentação de alguns trabalhos desses alunos no âmbito do festival”, referiu.

Com direção artística de Leonor Keil, o festival Lugar Futuro integra ainda ‘masterclasses’ e um debate sobre a “Formação do bailarino na atualidade”.

A diretora pedagógica do Lugar Presente, Ana Cristina Pereira, sublinhou a importância deste festival para os alunos da escola, que têm a possibilidade de “assistirem a peças de colegas do secundário de outros países” e também de jovens criadores e intérpretes.

“Penso que é um fator que não só complementa a sua formação, mas também dá alguma motivação para enriquecerem a sua formação e pensarem em alargar horizontes enquanto futuros intérpretes e criadores”, considerou.

A vereadora da Cultura da Câmara de Viseu, Leonor Barata, salientou que, “durante três dias, a dança jovem está em Viseu” e isso são “mais valias que ficam para a vida”.

“Estes bailarinos, estes professores, estas comunidades que nos vêm visitar contaminam quem cá está com o seu olhar, experiência e propostas, mas também são contaminados por nós. E aqui é que eu acho que é o verdadeiro ganho de um projeto desta natureza”, referiu Leonor Barata, acrescentando que, “em termos artísticos e pedagógicos, nunca são de mais os encontros”.

A escola de dança Lugar Presente iniciou a sua atividade em 2005, enquanto projeto educativo da Companhia Paulo Ribeiro.

Desde 2011, tem autorização de funcionamento pelo Ministério da Educação para a oferta do ensino artístico especializado de dança.

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