Na apresentação do programa da edição deste ano do festival, que decorreu na terça-feira no Teatro Municipal Rivoli, a codiretora Cristina Planas Leitão do Departamento de Artes Performativas da Ágora, empresa municipal do Porto para as áreas de cultura e desporto, antecipou “duas semanas intensas, com espetáculos e atividades, nos quais a dança se questiona e se abre a uma noção de coreografia expandida, de um lugar transcendente onde o movimento acontece, dentro e fora dos corpos, sendo capaz de re-imaginar futuros”.

Em declarações aos jornalistas, Cristina Planas Leitão considerou que “este ano o DDD é ligeiramente distinto das edições anteriores, onde participaram nomes muito grandes". "Esta edição traz nomes talvez não tão reconhecidos, mas acho que é isso mesmo, esperamos que haja curiosidade de saber quem são estes novos artistas, vários artistas emergentes, novos discursos e outras formas de dançar”.

Questionada sobre os espetáculos que destacaria, a responsável citou o da coreógrafa Lia Rodrigues, porque “traz um discurso mesmo muito importante” e é a abertura no Rivoli, apontando também o Vogue PT Chapter, por ser apresentado num dia simbólico (29 de abril), Dia Mundial da Dança.

No total participam no DDD, que decorrerá até 30 de abril, 65 artistas/companhias, consagrados e emergentes de nove nacionalidades (Portugal, França, Alemanha, Itália, Albânia, Turquia, Cabo Verde, Brasil e EUA).

Lia Rodrigues, Faye Driscoll, Emmanuel Eggermont, Tânia Carvalho, Sofia Dias & Vítor Roriz / Filiz Sizanli e Mustafa Kaplan, Dori Nigro e Gaya de Medeiros são alguns dos artistas que vão marcar presença no DDD 2023.

Nesta 7.ª edição, Cristina Planas Leitão explicou que o festival transitou para “um novo paradigma e o público é convidado a vivenciá-lo com confiança, consciência e curiosidade”.

No Teatro Rivoli, epicentro deste movimento, a comunidade vai ser convidada a usufruir de uma experiência individual em conjunto, “como se estivesse num 'spa' em busca de bem-estar. Essa essência vai sentir-se nos diferentes espaços do Rivoli num apelo a todos os sentidos”, salientou.

“Nesta edição poderão encontrar (auto)cuidado e um sentido de comunidade, de encontro e de celebração. Acreditamos firmemente que a visão artística contemporânea pode ser de grande contribuição para a sociedade de hoje”, disse Cristina Planas Leitão.

No total, serão 14 palcos distribuídos pelo Porto (Rivoli, Campo Alegre, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Coliseu Porto Ageas, Palácio do Bolhão, Estação de Metro de São Bento, Avenida dos Aliados, Alameda das Fontainhas, Parque da Cidade), por Matosinhos (Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, Casa da Arquitectura) e Gaia (Auditório Municipal, Afurada).

O custo varia por espetáculo, entre os 7 euros e os 12 euros. Na compra simultânea de cinco ou mais bilhetes para espetáculos diferentes é aplicado um desconto de 50%, este pacote DDD só está disponível para compra na bilheteira do Teatro Rivoli.

De entrada livre são os espetáculos no espaço público, Corpo + Cidade; as festas no TMP Café; e “Serei/Afrodiaspórica”, de Dori Nigro, na Casa da Arquitectura.