Em conferência de imprensa, um dos responsáveis pela programação do festival, Bruno Martins, disse que a mobilidade será uma das tónicas do evento, com os espetáculos a “circularem” por aquelas quatro cidades.

Outra das tónicas da edição 2022 será a figura do palhaço.

“Os espetáculos vão ‘habitar’ o espaço público de cada uma das cidades”, sublinhou Bruno Martins.

Dos 11 espetáculos agendados, cinco são estreias nacionais, dois são coproduções e sete são internacionais.

Uma das estreias é “Kilometer 97,1”, da companhia francesa Colletif Procolole, espetáculo que convida o público a deambular pelo espaço urbano das cidades e pelos caminhos, atalhos e vielas que ligam os diferentes centros.

De França chegarão também os espetáculos “Ensemble”, pela mão da companhia CIA Jupon, e “The Good Place”, uma criação da companhia Marcel et ses Drôles de Femmes.

A companhia catalã Los Galindos apresentará “Mort de riure”, estando também na agenda o espetáculo “The Frame”, que reúne as geografias espanholas e austríacas.

A 8.ª edição do festival reforça a aposta na criação, considerada fundamental para a progressiva estruturação e sustentabilidade na área do circo em Portugal.

Contará, assim, com duas coproduções, designadamente “Do ferro à ferrugem”, uma criação de Alan Sencades, e “Cirk”, da companhia Oliveira&Bachter.

Em termos de produções nacionais, estão agendados “O silêncio do corpo”, da companhia Erva Daninha, “Vinil”, do coletivo “Quando sais à rua”, ou “Kinski”, do palhaço português Rui Paixão.

Há ainda o espetáculo “Mellow Yellow”, da companhia francesa To Busy to Funk.

O festival inclui ainda oficinas de criação em cada uma das quatro cidades, que terão como mote a ocupação e a relação com o espaço público.

As performances contarão, posteriormente, com uma apresentação final.

Já dirigida a estudantes, profissionais ou apenas curiosos das artes performativas, o festival acolherá uma ‘masterclass’ orientada pela companhia Los Galindos.

Braga, Barcelos, Guimarães e Vila Nova de Famalicão constituem a associação Quadrilátero Urbano.

O festival nasceu em 2014, em Famalicão, pela mão da companhia Didascália, tendo-se dois anos depois estendido a Braga e Guimarães e a seguir a Barcelos.

“A rivalidade é um valor do século passado”, disse o vereador da Cultura na Câmara de Guimarães, Paulo Silva, para sublinhar que a aposta agora é na cooperação.

Já o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, sublinhou o perfil “distintivo” do festival, realçando que é um evento que “marca a diferença” e que serviu para dar “outro protagonismo” ao circo contemporâneo na região.

O vereador da Cultura na Câmara de Famalicão, Pedro Oliveira, destacou que o festival deste ano terá a particularidade de ser “o primeiro momento” para usufruir do “novo centro urbano” da cidade, após obras de recuperação.

A vereadora da Cultura na Câmara de Barcelos, Elisa Braga, destacou o facto de este ser um festival que faz com que as pessoas “tropecem na cultura”, designadamente os peregrinos que atravessam a cidade a caminho de Santiago de Compostela.

Os quatro autarcas enfatizaram a importância do festival para a promoção e divulgação do património edificado de cada uma das cidades.

Em 2020, o festival não se realizou e em 2021 decorreu “ao pé-coxinho”, por causa da pandemia de COVID-19.

Em 2019, na última edição realizada em “tempos normais”, passaram 10 mil pessoas, cifra que a organização espera possa ser igualada ou superada este ano.

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