O programa desta edição foi apresentado esta terça-feira, 30 de maio, no Jardim do Museu de Lisboa, onde a presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Joana Gomes Cardoso, afirmou à agência Lusa que um dos desafios “é ter público em mais sítios da cidade”, frisando que é importante “a programação não estar restrita as zonas históricas”.
Como destaques na programação encontram-se o “Fado no Castelo” com a atuação de Carminho (16 de junho), José Manuel Neto (17 de junho) e Ana Moura (18 junho), no Castelo de São Jorge, o espetáculo “Deixem o Pimba em Paz” com a orquestra Metropolitana de Lisboa (10 de junho), no Terreiro do Paço, e o concerto “Globaile”, que assinala a despedida dos palcos dos Buraka Som Sistema (1 de julho), no jardim da Torre de Belém.
Durante as festas, os lisboetas vão ser desafiados a fazer intervenções nos miradouros com a iniciativa “Criar Lisboa”, bem como recuperar a tradição dos tornos de Santo António.
Presentes nas raízes dos lisboetas, os arraiais vão animar os bairros da cidade durante o mês de junho, os tradicionais Casamentos de Santo António vão unir 16 casais e as marchas populares vão descer a Avenida da Liberdade, no dia 12 de junho.
“Já não se imagina a cidade sem as festas”, disse o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, destacando o “percurso notável” das festividades, “no ponto de vista do aumento da sua importância no calendário da cidade”.
Para o autarca, as festas de Lisboa têm vindo a afirmar-se como “um verdade momento de demonstração de uma cidade aberta, cosmopolita e com uma fortíssima dinâmica cultural das várias áreas de expressão artística”.
Segundo Fernando Medina, a programação das festividades assume “o caráter de abertura ao mundo”, com mais de 100 espetáculos diversos.
Neste sentido, a 6.ª edição do Concurso Sardinhas prova que as Festas de Lisboa são “cada vez mais internacionais”, considerou o autarca, anunciando que este ano recebeu 8.897 propostas, oriundas de 70 países, cujos cinco vencedores são dois jovens portugueses de Lisboa e Porto, um cidadão do Brasil, uma jovem da Grécia e outra da Ucrânia.
Como novidades desta edição são também os concertos “Alameda POP” com a atuação de Amor Electro (18 de junho) e David Carreira (19 de junho), os espetáculos do bailarino e coreógrafo Faustin Linyekula, nos Terraços do Carmo (17 de junho) e no bairro Padre Cruz (19 de junho), e a iniciativa de arquitetura “Alkantara Festival”, no jardim do Torel (11 de junho).
“Quase toda a programação é de entrada livre. Fizemos um esforço deliberado nesse sentido, porque queremos que as festas sejam realmente para todos, sem barreiras”, frisou a presidente da EGEAC.
A organização pretende “tornar as festas mais acessíveis”, trabalhando com a RTP para que pela primeira vez haja linguagem gestual e áudio descrição para cegos durante a transmissão televisiva das marchas populares.
Este ano, a EGEAC desenvolveu uma parceria com a empresa Valorsul para que seja feita “uma recolha seletiva de resíduos sólidos em alguns dos principais momentos das festas” e pretende ainda incentivar o uso de transportes públicos e de bicicleta nas deslocações para os eventos.
Integrada na programação das festas, a EGEAC vai comemorar os 20 anos de atividade com o lançamento do “Guia Ler e Ver Lisboa”, no dia 8 de junho, um trabalho de 20 ilustradores e 20 escritores com percursos a realizar na cidade.
“Lisboa é minha, é tua, é nossa, é de todo o mundo” é o hino deste ano das Festas de Lisboa, uma canção escrita e composta por Sara Tavares e Kalaf Angelo, interpretada por Rita Seidi.
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